Como sobressair no meio da multidão | Por Hugo Belchior

Hoje, volto ao tema da revolução tecnológica e do impacto no emprego tradicional mas, numa perspetiva diferente.

No artigo anterior procurei alertar para o facto de que, muito provavelmente, a evolução tecnológica vai destruir muitos empregos e não apenas empregos “braçais”; também na saúde haverá impactos significativo.

Hoje, porém, queria tocar num outro assunto, relacionado com este mas um pouco diferente: a freelancerização do emprego. O que significa isto? O facto de que, crescentemente, cada pessoa passa a ser uma espécie de empresa em nome individual na qual o produto é a sua própria competência.

Se é verdade que um sistema destes pode trazer alguns desafios importantes em termos de estabilidade profissional, traz também mais liberdade e competitividade. Cada indivíduo será contratado “à peça” mas poderá também procurar, sistematicamente, melhores clientes e ajustar os seus preços.

Uma vez mais, esta revolução é intermediada pela tecnologia, que tem permitido criar plataformas que são verdadeiros maketplaces i.e, pontos de encontro entre a oferta e a procura, como por exemplo o https://en.99designs.pt/ (marketplace na área do design).

Deixaria para outro dia a reflexão sobre se é possível aplicar este modelo na saúde e no desporto e quais as suas vantagens e desvantagens. Hoje, sugiro um exercício diferente: assumindo que esta tal freelancerização é uma tendência real, como nos podemos ajustar a ela?

Há muitas maneiras de o fazer porém, queria focar-me apenas numa: na marca pessoal. É que, num modelo em que cada um de nós é uma empresa em concorrência com todos os outros, só poderemos almejar algum êxito se nos distinguirmos, se nos salientarmos no meio da massa de pessoas parecidas connosco e isso, faz-se através de uma marca.

É pois necessário que cada indivíduo entenda que deve construir e trabalhar a sua marca pessoal. Dá-la a conhecer e melhorá-la. Sempre.

Qual a sua marca? Como o veem os outros? Que valores transmite? Que canais usa? Que posicionamento tem? Quantas pessoas o conhecem? As pessoas que o conhecem são as que lhe interessa? Que plano tem para melhorar estes aspetos?

O mundo está a mudar. O emprego também. Aquilo que foi verdade até há pouco tempo, já não é. O ritmo de mudança vai ser ainda maior. Como se está a preparar para isso? Por que é que alguém compraria o seu produto? Como é que o potencial cliente sabe do seu produto?

Podem ser muitas perguntas. Podem ser perguntas difíceis. Pode ter noção clara do que tem que fazer ou pode ser tudo uma grande confusão. Seja como for, o conselho que lhe poderia dar é que comece hoje mesmo a trabalhar a sua marca!

Se estiver completamente perdido neste assunto, passe pela minha página de facebook e deixe-me uma mensagem: https://www.facebook.com/hugobelchior1981. Verei como o posso ajudar.

Até lá, bom trabalho.

Hugo Belchior

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