História de Sucesso | Conheça Ana Leite

Fique a conhecer a Ana Leite, uma das Fisioterapeutas que acompanharam os nossos atletas nos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro!
Mais uma história de sucesso e elevação para nos inspirar!


1. Fale-nos um pouco de si

  • O meu nome é Ana Leite e sou natural de Coimbra. Tenho 30 anos e realizei os estudos de fisioterapia na Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Coimbra. Estou de momento a frequentar o 5º ano de osteopatia pela Escola Osteopática de Madrid. Após a conclusão do curso de fisioterapia (2009-2012) trabalhei numa clínica em Coimbra e no Centro de Alto Rendimento do Triatlo, em Montemor o Velho. De momento exerço prática privada em Coimbra, colaborando pontualmente com algumas federações desportivas (natação, triatlo e futebol) e com o Comité Olímpico de Portugal.


2. Quando era adolescente, que profissão gostaria de ter no futuro? Sempre sonhou em ser Fisioterapeuta?

  • Quando era criança lembro-me de sonhar ser professora. A fisioterapia e a área da saúde nunca me tinham passado pela cabeça. A ideia de ser fisioterapeuta só se começou a formar perto dos 16 anos.


3. O que a levou a interessar-se pela Fisioterapia?

  • Dos 8 aos 28 anos pratiquei natação de competição e como tal, usufruí bastante dos serviços de fisioterapia. Foi nessa altura, por volta dos 16-17 nos, que comecei a rever-me nos fisioterapeutas e na sua forma de agir e a querer fazer daquilo o meu futuro.


4. No seu percurso profissional, quais foram as experiências que mais a marcaram?

  • É díficil enúmera-las todas. Felizmente foram, e, continuam a ser muitas! Lembro-me de ter prestado cuidados de fisioterapia numa prova internacional de Natação a uma nadadora australiana, Marieke Guehrer, 2 meses antes do Campeonato do Mundo onde foi 1ª classificada. Enviou-me mensagem nessa altura a agradecer o cuidado prestado e que tinha sido imprescindível para aquele feito. Nessa altura percebi que queria muito seguir a fisioterapia desportiva. Não posso deixar de realçar todo o trabalho realizado no Centro de Alto Rendimento de Montemor o Velho (Triatlo), onde era a única fisioterapeuta, o que me levou a crescer bastante profissionalmente, bem como todas as saídas para provas internacionais com os seus atletas. Todos as Missões que realizei pelo Comité Olímpico foram também um marco importante. Pelo trabalho em equipe com os colegas do departamento medico, pelos atletas e seus feitos e por todas as vivências. Nesse sentido  destaco os Jogos da Lusofonia em Goa 2014, os Jogos Olímpicos da Juventude em Nanjing 2014, os Jogos Europeus em Baku 2015 e os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro 2016. Por fim realçar também a experiência de colaborar com a Federação Portuguesa de Futebol (futebol de praia) e toda a sua estrutura que me fizeram vivenciar experiências fantásticas e crescer interiormente e profissionalmente.
 

5. Na sua visão qual a importância do papel do Fisioterapeuta no Desporto?

  • O fisioterapeuta é importante no desporto para recuperar e reabilitar as lesões dos atletas mas tem um papel muito mais abrangente que isso. É o fisioterapeuta que passa muitas horas com o atleta, que o conheçe bem, que o ouve (muitas vezes) e portanto tem as condiçoes para ser um dos braços direitos do atleta. Actua, em conjunto com a restante equipa desportiva na prevenção de lesões, mantendo assim o atleta apto para treinar e competir ao melhor nível. Estando também preparado para atuar e intervir quando as coisas não correm da melhor forma.
 

6. Mais recentemente esteve presente nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro como parte da comitiva portuguesa. Fale- nos um pouco dessa experiência.

  • Fazer parte do departamento médico de uma equipa olímpica é para mim um sonho. Vestir o emblema de Portugal e ajudar os nossos melhores atletas a serem o melhor deles mesmos é uma experiência única. Desde o planeamento dos Jogos, ao material que levariamos, ao descarregar malas e material, ao montar do gabinete médico, tudo é feito de coração. É como se as horas não passassem e tudo fosse feito como o máximo cuidado e carinho se como para nós se tratasse. Trabalhar em equipa com elementos tão competentes torna tudo muito mais fácil. As decisões são tomadas em equipa e “nunca trabalhamos sozinhos”. Houve dias muito preenchidos, de muitas horas de trabalho, de muitas viagens em autocarros para os locais de treino e competição. Mas nada disso importa quando vemos o atleta de sorriso na cara a cumprir o seu sonho!

7. Já realizou alguns cursos Bwizer. Quais as grandes mais-valias que tira deles no seu dia-a-dia?

  • Frequentei o curso de Fisioterapia Desportiva de Elite com o Michal Novotny e é para mim uma mais valia. Trabalho muito com terapia manual e com o desporto. Portanto recorro muitas vezes aos contéudos ensinados no curso para fazer um diagnóstico rápido e conciso. As técnicas de tratamento ensinadas vão de acordo ao que realmente os atletas precisam, por isso o sucesso no tratamento. Para mim a mais valia dos cursos da Bwizer é que são estruturados para o que realmente o fisioterapeuta precisa na sua prática. É um investimento com lucro pois estamos continuamente a recorrer a esses contéudos, tirando partido deles.


8. Como concilia a sua vida pessoal com a profissional?

  • Não é tarefa fácil! Amo o que faço e por vezes isso faz-me “esquecer” o outro lado. Só é possível um equilíbrio porque estou rodeada de pessoas que sabem o que me move, entendem e em alguns situações me incentivam. Na minha perspectiva, para estarmos bem no campo pessoal temos que estar bem no profissional (e vice-versa) por isso temos que ir equibilibrando os pratos da balança com planeamento, racionalidade e muito amor e carinho!
 

9. Uma curiosidade sobre si que nada tenha a ver com a sua atividade do dia-a-dia?

  • Adoro fotografia, fotografar e viajar! Sou apaixonada por coisas simples, como sorrisos, pôr do sol, paisagens, etc…
 

10. Uma dica ou frase de inspiração para aqueles que gostariam de seguir os seus passos como fisioterapeuta no desporto?

  • Tenho sempre guardadas na minha mente 3 citações que me costumam acompanhar. Por vezes relembrá-las faz-me ver qual o caminho a seguir e como o fazer: “Choose a job you love and you will never have to work a day in your life” (Confucius), “I am the master of my fate, I am the captain of my soul” (William Ernest Henley), “Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado” (Roberto Shinyashiki)

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