5 formas de não ser só mais um | Como ser um Fisioterapeuta Empreendedor por Hugo Belchior

Olá,

Há um tema de que vou falando sistematicamente. Esse tema é a DIFERENCIAÇÃO. A importância de não sermos só mais um.

Num mundo em que nunca houve tantos fisioterapeutas como há hoje, não nos iludamos: se formos só mais um, a vida tenderá a ser mais difícil.

Claro está que quando digo que devemos ser “diferentes”, digo-o no sentido positivo e no pressuposto de estarmos a trazer real valor acrescentado para os nossos stakeholders, nomeadamente para os pacientes.

E é preciso também notar que há diferentes formas (não mutuamente exclusivas), de se trabalhar essa diferenciação.

Seja como for, uma delas passa pelo PRODUTO que apresentarmos. E a abordagem técnica, não esgotando a dimensão “produto”, é uma parte importante.

É por isso que se tiver abordagens mais diferenciadas (ou menos exploradas), pode ser um fator positivo.

Deixo-lhe aqui algumas ideias:

• Yoga Terapêutico: junta algumas tendências muito poderosas, o “oriental”, o próprio “yoga”, a procura de maior bem-estar e a saúde. Ainda por cima, é ministrado por alguém que corporiza bem estas tendências, a Sara Hu.

• Método Méziéres: Françoise Mézières foi uma verdadeira pioneira. Foi quem olhou para o corpo de forma diferente e que converteu esse olhar numa “escola”, escola de onde emergiu o Método Mézières, o RPG e as Cadeias Musculares, por exemplo. O que é certo é que hoje, décadas depois, o método original está mais atual do que nunca e não só implica uma abordagem bem diferenciada (é no chão e não envolve quaisquer equipamentos) como, acreditem, é muito poderoso. Já experimentei várias vezes, em momentos de muita dor e muita limitação e foi brutalmente game-changer!

• Neurociência da Dor: o Tiago Freitas é uma pessoa muito especial e alguém que tem uma visão muito particular das coisas e, neste curso que criou, partilha a sua forma de olhar o mundo e, em particular, a dor. Um olhar através da lente das neurociências. É um olhar diferente, poderoso, robusto e alavancado na ciência porém, não é um olhar que sirva todos. Se contudo o servir a si, fica você a ganhar e ficam os seus pacientes.

• Kinesiologia aplicada: o Alexandre Novais é uma pessoa ímpar. Ímpar mesmo! E se o conhecer, vai perceber porquê. O curso que aqui montou é muito diferente da abordagem mais mainstream mas essa é, justamente, o seu poder. Atreve-se?

• Pilates Clínico: terminar esta lista com um curso como Pilates Cínico talvez seja surpreendente. Surpreendente porque, na verdade, não é já uma novidade. Não será, porém, assenta numa tendência fortíssima e que não parece ter fim à vista: a mistura entre exercício e saúde. E, ainda por cima, o Pilates, nomeadamente a sua versão clínica, ganhou já uma enorme notoriedade no mercado e é a sugestão de muitos médicos e a primeira escolha de milhares de clientes. É isso que leva a que, ano após ano, este curso seja o campeão de inscrições na Bwizer, de forma muito destacada. É um daqueles conhecimentos que já não se pode não ter.

Isto posto, deixo-lhe um alerta com brutal clareza: fazer cursos é importante mas não chega. Não chega para se diferenciar e não chega para ter êxito. Esses são caminhos assentes em muitas variáveis, sendo que a sua competência, os resultados que traz, a sua empatia, a sua comunicação e a sua capacidade de se reinventar, serão sempre os ingredientes mais importantes.

Agora que se vai aproximando um novo ano, é bom que desenhe o seu plano para 2020. Sugiro que, no meio de tudo o que tem para fazer, arranje forma de trabalhar na sua diferenciação. Planeie-a já e execute-a ao longo do ano.