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Publicado a 13/08/2019

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O Perfecionismo está a ajudar ou a prejudicar o seu negócio? By Bwizer Corporate

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No mercado atual altamente competitivo, a luta pelo pódio faz com que as organizações sejam cada vez mais exigentes com o seu capital humano. Com o intuito de se diferenciarem, esperam que os seus colaboradores atinjam níveis elevados de performance e de proatividade. Será que o perfecionismo está a ajudar ou a prejudicar o seu negócio?

O perfecionismo é comum no contexto laboral e acarreta consequências tanto a nível intrapessoal como interpessoal. 

De uma forma geral, o perfecionismo define-se como a tendência para estabelecer padrões de performance surrealísticos e pela avaliação altamente crítica de si próprio e dos outros.

É muitas vezes confundido com a busca pela excelência, medo de fracassar ou com o transtorno obsessivo-compulsivo, pelo que importa também clarificar estes conceitos.

O desejo pela excelência carateriza-se pela definição de metas e objetivos alcançáveis, procurando evoluir e melhorar. Por sua vez, o perfecionismo procura evitar o erro e é acompanhado por autoavaliações negativas e uma autoaceitação condicional.

Embora o perfecionismo envolva uma preocupação constante em evitar o fracasso, trata-se de um conceito muito mais abrangente do que o medo de fracassar, o qual se carateriza por um sentimento de ansiedade em situações em que o fracasso seja um risco.

O transtorno obsessivo-compulsivo é uma condição caraterizada pela presença de obsessões ou de imagens e pensamentos intrusivos e recorrentes, acompanhados por rituais ou por comportamentos repetitivos, com o intuito de minimizar a aflição. Em contrapartida, o perfecionismo refere-se a níveis altos de exigência e de preocupação com a qualidade da própria performance.

Em termos conceituais, o perfecionismo é um construto multifacetado, onde se destacam duas dimensões: as ambições perfecionistas (como por exemplo, padrões individuais elevados e a busca pela perfeição) e as preocupações perfecionistas (entre elas, evitar o fracasso, inseguranças e reações negativas perante a imperfeição).

Em termos intrapessoais, alguns estudos demonstram que as preocupações perfecionistas se relacionam com atitudes negativas no ambiente de trabalho, tais como o descontentamento psicológico com o trabalho e a diminuição do grau de compromisso. Existem evidências que sugerem que as pessoas com um nível elevado de preocupações perfecionistas são incapazes de se sentir realizadas, potenciando assim a sua reatividade negativa perante algumas tarefas e eventos no contexto de trabalho. O risco de fadiga, stress e esgotamento psicológico é superior nestes indivíduos.

Relativamente à performance, existe uma relação positiva entre o perfecionismo e as tarefas de curto prazo. Em contrapartida, em tarefas que exijam um esforço contínuo ao longo do tempo, as pessoas perfecionistas podem revelar-se ineficientes e insatisfeitas com a sua prestação, uma vez que apresentam dificuldades na priorização, gestão e atenção ao detalhe das mesmas.

Os perfecionistas apresentam uma necessidade excessiva de controlo e microgestão dos projetos em que estão envolvidos e até de outros colegas no trabalho, colocando em causa o alcance e a conquista das metas da própria equipa.

Trabalhar é, na sua essência, uma atividade relacional. No âmbito interpessoal, o perfecionismo relaciona-se com a existência de conflitos entre os colaboradores, graças à discrepância dos padrões de exigência. Os membros da equipa evitam trabalhar e até mesmo socializar com o colega perfecionista, mantendo assim relações insatisfatórias.

O perfecionismo pode ser um entrave ao desenvolvimento do seu negócio ou do seu percurso profissional. Em vez de perseguir a perfeição, foque-se em atingir a excelência nos seus serviços. Implemente medidas que visem a melhoria contínua da sua empresa e a satisfação dos seus clientes.

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Fonte: Ocampo, ACG, Wang, L, Kiazad, K, Restubog, SLD, Ashkanasy, NM. The relentless pursuit of perfectionism: A review of perfectionism in the workplace and an agenda for future research. J Organ Behav. 2019; 1– 24. https://doi.org/10.1002/job.2400

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