Aumentos do IMC relacionados com o aumento da mortalidade precoce

Num estudo divulgado esta quarta-feira na revista The Lacet demonstrou-se que o excesso de peso diminuiu a esperança média de vida em um ano e que este número sobe para 10 anos em caso de obesidade severa. Esta nova descoberta refuta conclusões anteriores porque mesmo ligeiros aumentos do Índice de Massa Corporal (IMC) representam perigo.

"Há uma progressão de aumento do risco começando com excesso de peso e continuando com todos os níveis de obesidade" referiu a Dra. Emanuele Di Angelantonio, professora na Universidade de Cambridge e principal autora do estudo.

Segundo o relatório, as pessoas com um IMC acima dos níveis recomendados mostraram um aumento do risco de 11% de morte precoce, definida como morte antes dos 70 anos, em comparação com pessoas que mantiveram seu IMC normal.

Para as pessoas com IMC entre 30 e 35, a primeira categoria para da obesidade, o seu risco de morte prematura aumentou para 45%, e para aqueles com o mais alto nível de obesidade, ou IMC de 40 ou mais, o risco quase triplicou.

Os investigadores analisaram dados de quase 4 milhões de pessoas de 32 países que faziam parte da Global BMI Mortality Collaboration, excluindo fumadores. Os dados foram recolhidos de forma a entender melhor como IMC está relacionado com a mortalidade e se houve tendências globais que surgiram em diferentes regiões do mundo.

Os dados também encontraram diferenças entre homens e mulheres, com o risco para os homens em geral três vezes maior do que para as mulheres quando têm excesso de peso ou obesidade. Os motivos para que existam estas diferenças ainda não estão claras, mas outros estudos têm apontado para diferenças a nível de resposta à insulina e a variações na quantidade de gordura nociva no fígado que podem ser afetados pela obesidade.

Em 2014, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, mais de 1,9 mil milhões de adultos tinham excesso de peso e 600 milhões eram obesos.

 

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Fontes:

Time.com

Thelancet.com

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