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Publicado a 16/08/2018

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Vitor Hugo Teixeira

À conversa com… Prof. Vitor Hugo Teixeira (Bwizer Magazine)

Vitor Hugo Teixeira

Este artigo fez parte da 3ª edição da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

 

Quem é o Professor Vítor Hugo Teixeira?

Tenho 43 anos e sou nutricionista. Natural e residente em Paços de Ferreira, com muito orgulho, sou fascinado pela área da nutrição no desporto.

 

A paixão pela Nutrição surgiu antes de entrar no curso ou foi algo que se desenvolveu mais tarde, com o aprofundar do conhecimento?

A nutrição não foi uma paixão à primeira vista, foi antes um amor que se foi consolidando com o passar do tempo. Aliás, quem me apresentou este amor foi um professor de Biologia, pois até aquela altura tinha planeado seguir outro percurso, eventualmente medicina.

Não tenho dúvidas que não me via a fazer outra coisa na área das ciências da saúde. Provavelmente via-me a ter uma profissão completamente diferente: seria, ou nutricionista, ou gestor – são duas coisas completamente diferentes mas ambas paixões.

Todos temos de ser bons gestores a vários níveis, desde logo a nível pessoal porque o nosso tempo é escasso. Os nutricionistas gerem pessoas, emoções, energias, calorias e nutrientes – portanto todas essas ferramentas são importantes e aplicáveis às Ciências da Nutrição.

 

Fale-nos um pouco do seu percurso académico e profissional?

Licenciei-me em Ciências da Nutrição em 1998 e naquele momento a nutrição não era a área com a pujança social que tem hoje em dia. Cada vez que me identificava como nutricionista, tinha de explicar qual o contributo da nutrição para a sociedade e para aquele individuo em particular. Hoje em dia o contexto mudou completamente.

Pouco tempo após terminar a licenciatura, candidatei-me a uma vaga para professor na minha faculdade, e tive a sorte de conseguir; portanto, poucos meses depois de terminar a licenciatura, estava ligado ao ensino e investigação na minha faculdade, onde me mantenho desde então.

No início, quando decidi continuar os meus estudos, a oferta de pós-graduações e mestrados era curta. No ano em que tinha interesse iniciar, estava a arrancar um mestrado em controlo de qualidade na faculdade de Farmácia no qual me inscrevi para estudar uma área que me era menos familiar. Acabei fechado num laboratório durante muitos meses, a dosear uns compostos cancerígenos em óleos vegetais – o que foi fantástico para compreender que não queria repetir aquela experiência, pelo que eliminei logo a possibilidade de continuar numa área de estudos similar.

Percebi que havia muito pouco sobre a nutrição no desporto, e que não haveria nutricionistas a trabalhar com atletas de forma sistemática; para além disso, senti que o nível de conhecimentos na área, em Portugal, era muito escasso, pelo que considerei que aquilo era uma oportunidade.
Assim, desenvolvi o meu doutoramento nessa área da nutrição aplicada ao desporto e desde que terminei, em 2008, tenho-me focado, quase exclusivamente, a esta área de investigação.

Nunca me cingi ao que o mercado me dizia. Sempre tentei fazer o que gostava. O que tentei fazer foi conciliar os meus interesses com aquilo que poderia ser uma oportunidade de futuro – e a nutrição no desporto pareceu-me ser uma boa aposta.

 

Porquê uma carreira ligada à Nutrição Desportiva? O que mais o atrai nesta área, que não encontra noutras?

Cada uma terá o seu encanto. Eu gosto muito da nutrição no desporto, pois é um modelo ótimo para perceber o impacto que a nutrição pode ter noutras áreas. Como alguém dizia, o desporto é uma forma de vida acelerada e muitos dos impactos que o exercício tem na nossa saúde são o reflexo que outras condições podem ter. Quem trabalha com um atleta tem de saber manipular e otimizar a sua composição corporal – mas isto também é interessante noutras áreas das Ciências da Nutrição. Mas também tem de saber de bioquímica, fisiologia e ter social e soft-skills. Há, nesta área, uma série de predicados que se concentram e que eu considero serem muito interessantes.

Também o tentar criar a necessidade e transmitir a importância de uma ciência nova no contexto do desporto, onde os resultados são multifatoriais, me pareceu muito estimulante e um ótimo desafio.

Para ler o artigo completo, clique AQUI!


Este artigo fez parte da 3ª edição da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

CV: Licenciado e Doutorado em Nutrição Humana pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP). É também Sub-diretor da FCNAUP e conselheiro da Ordem dos Nutricionistas. Está, há alguns anos, ligado ao futebol da 1ª liga.

Fonte: Consulte a 3ª edição da Bwizer Magazine

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