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Publicado a 22/04/2018

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José Soares

À conversa com… Professor José Soares (Bwizer Magazine – 2ª ed.)

José Soares

Esta entrevista fez parte da 2ª edição da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.


Quem é o Professor José Soares?

Olá, o meu nome é José Soares, tenho 59 anos e a minha ati­vidade profissional mais conhecida, ainda que agora não seja a que me ocupa mais tempo, é ser Professor na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto na área da Fisiologia. Dedi­co-me também a outras atividades e projetos.

 

Fale-nos um pouco do seu percurso académico e profis­sional (conte-nos também como surgiu a paixão pela Fi­siologia do Exercício).

Sempre fui um apaixonado por desporto. Fui jogador e treinador de andebol e numa determinada fase da minha vida decidi estu­dar ciências de desporto. Terminada a licenciatura, fui assisten­te estagiário na disciplina de andebol e fiz as minhas provas de aptidão pedagógica para sociedade científica (algo semelhante ao mestrado de hoje em dia) e foi aí que começou a minha pai­xão pela Fisiologia, na altura uma Fisiologia aplicada ao ande­bol; nessa altura fiz também a minha tese sobre o aquecimento.

Continuei a estudar Fisiologia e o meu interesse continuou a crescer. Fiz o doutoramento sobre capilarização do músculo esquelético. Sempre foi uma área que me interessou muito e trabalhei durante muito tempo com o modelo animal, essencial­mente com ratos.

Depois comecei a interessar-me menos por esta vertente das ci­ências básicas e mais pela ciência aplicada ao desporto, tendo começado a trabalhar com atletas de diferentes modalidades. Uma casualidade levou-me a ser convidado a entrar no mundo do futebol, neste caso no Boavista, e muito provavelmente pelos bons resultados alcançados fui também convidado a acompa­nhar a Seleção Nacional no mundial da Coreia.

A partir daí continuei a trabalhar com Fisiologia aplicada ao des­porto de alto rendimento e entretanto comecei a interessar-me pelo exercício relacionado com a doença, o chamado exercí­cio clinico. Hoje faço tudo isto só que agora mais focado numa área que acho muito interessante que é a da aplicação destes princípios na performance das pessoas e equipas em ambiente corporativo. Com efeito, aquilo que me ocupa mais tempo agora é trabalhar nas empresas no meio das organizações a ajudar as pessoas a serem mais performativas! E diria que o meu lema será “menos stress e mais performance”.

 Durante algum tempo esteve ligado ao desporto de alta competição – que contributo teve esta experiência no profissional que é hoje?

 

A alta competição para mim sempre foi um referencial muito importante e que me tem ajudado em muitas outras áreas. O que aprendi, e foi algo que adquiri mesmo muito cedo, é que os atletas não são “híper-saudáveis”, mas sim ”híper-funcionantes” e que, como disse um fisiologista do exercício muito conhecido no início do século, o desporto de alto rendimento é a agressão fisiológica mais intensa que o homem alguma vez criou. Por isso, estudar atletas que estão no limite da sua performance (o que se está a verificar na maioria das disciplinas nas quais estamos a atingir um platô de performance) é um modelo de estudo excecional sobre a performance e maximização das capacidades independentemente do contexto, seja nos atletas, doentes ou elementos integrantes de uma empresa.

 

E o ensino, é para si uma paixão? O que mais o motiva a partilhar o seu conhecimento e experiência?

O ensino é mesmo uma paixão. Sou apaixonado por dar aulas; gosto imenso de estar com os alunos. E isso tem-me ajudado, pois estou mais velho e o contacto e partilha de experiências com gente nova é algo muito interessante. Por outro lado, para mim, é uma atividade muito nobre e na qual me sinto cada vez mais preparado até porque me mantém sempre motivado a es­tudar mais e a manter-me atualizado. Isto porque à medida que o tempo vai passando nós, ou vamos estudando para nos man­termos atualizados e com um mindset fresco, ou começamos a “desatualizar”. E as aulas têm precisamente esta vantagem – mantem-me sempre em contacto com pessoas mais novas, dando-me uma motivação para me manter sempre atualizado.

Contudo, as outras atividades na universidade que não a lecio­nação não me entusiasmam tanto. À medida que o tempo foi passando fui-me dedicando cada vez menos à investigação, em particular a mais básica, e mais às aulas. Estou também menos motivado para a atividade administrativa e burocrática que o En­sino implica que quase nos afoga e desconcentra do foco que deveria ser a atividade primordial de um Professor – dar aulas.

 

Professor, consegue identificar os 3 fatores críticos do seu sucesso?

Se eu pensar nos 3 fatores críticos do meu sucesso… Bem, em primeiro lugar não sei se tenho assim tanto sucesso, mas em todo o modo eu diria: acho que sou perseverante, muito organi­zado e moderadamente otimista - mas não inconscientemente otimista. Mas gostava de salientar um 4ª fator que me tem aju­dado na minha vida: aprendo com os meus erros!

 

Se tivesse de eleger os momentos mais marcantes da sua carreira até ao momento, quais seriam?

Diria que do ponto de vista académico, mais do que o doutora­mento, as provas de agregação. Eu gostei imenso das minhas provas de agregação, do ponto de vista académico marcaram­-me imenso. O 1º artigo publicado numa revista internacional foi também um marco importante, e a 1ª vez que fui um invited speaker numa conferência internacional.

Do ponto de vista da minha atividade fora da faculdade, o facto de ter sido campeão nacional de futebol pelo Boavista, de ter estado na seleção nacional de futebol no campeonato do mun­do e a 1ª vez que fiz uma conferência num ambiente corporativo altamente exigente e ainda por cima sobre um tema que era pouco habitual.

 

Certamente que muitas pessoas lhe perguntam como arranja tempo para tanta coisa – como o faz?

Os meus amigos e família colocam-me muitas vezes essa ques­tão. Eu, de facto, faço muitas coisas, reconheço isso. Acho que tenho alguma capacidade para analisar os meus erros e fragi­lidades. Perceber aquilo em que tenho alguma competência e os aspetos em que não e, portanto, ao longo da vida consegui focar a minha atenção naquilo em que tenho competência - e quando fazemos isto conseguimos tornar-nos mais eficientes e a eficiência é exatamente isto: menos trabalho para mais produ­to. O que acontece hoje é que eu por exemplo consigo estar a escrever um artigo para uma revista e, ao mesmo tempo, estar a fazer um telefonema para marcar uma reunião e a tratar da minha vida pessoal. Diria, por isso, que sei escolher as coisas nas quais preciso de menos trabalho para mais produto e sou extremamente organizado – às vezes até um pouco obcessiva­mente organizado e reconheço que esta característica pode ad­vir do facto de ter feito o meu doutoramento parte em Portugal e uma grande parte na Alemanha e, com efeito, aprendi que esta questão do tempo é importante mas que o grande diferencial é a energia que pomos nas coisas - por isso quando estou a fazer uma coisa ponho toda a energia nessa tarefa, daí a minha capacidade de produzir!

 

Como é conciliar a vida pessoal com a profissional?

O equilíbrio da vida pessoal e profissional é hoje o tema. Eu te­nho tido cuidado neste área, a exceção terá sido a participação no campeonato do mundo. Tento chegar a casa e desligar da­quilo que faço. Tento aproveitar os fins-de-semana ao máximo e por norma não trabalho ao sábado e domingo porque, de facto, chego ao final da semana muito cansado... E uma coisa que me tenho apercebido que é com o avançar da idade, o tempo necessário para recuperarmos aumenta!

Tenho uma enorme preocupação com isso e penso que agora tenho esta variável em equilíbrio. Não me quero desequilibrar a mim ou à minha família.

 

Tendo em consideração tudo o que já alcançou, como se mantém motivado e inspirado?

Não sei se alcancei muita coisa. Do ponto de vista académico estou no topo da carreira. Do ponto de vista profissional faço coisas de que gosto, coisas com “piada”!

Aquilo que me dá mais recompensa é o reconhecimento das pes­soas quando eu falo. A minha atividade é falar e partilhar o meu conhecimento. Quando eu termino uma aula, workshop ou confe­rência a maior recompensa é perceber que as pessoas gostaram de me ouvir. Acho que hoje estamos muito preocupados com a questão da motivação e, na minha opinião, às vezes excessiva­mente. De facto, o que acontece é que por vezes temos de traba­lhar altamente motivados e noutras sem motivação absolutamente nenhuma e eu acho que o que faz a diferença, p.e. no desporto entre um atleta de alto nível e um de nível médio, é que um atleta de alto nível independentemente das condicionantes consegue ultra­passar essas dificuldades, e isso para mim é o aspeto decisivo - a motivação intrínseca. No meu caso, eu gosto de dar aulas porque isso me dá um prazer intrínseco. É isso que me dá prazer: falar para uma plateia interessada, e não o que eu ganho. É essa a minha “recompensa” e o que me mantém motivado na perspetiva de gerar energia para fazer as coisas.

 

Como vê o Exercício hoje? (Qual o papel do Exercício na sociedade?)

Acho que, de uma forma geral, temos de “vender” melhor o exercício. Com efeito, tem-se colocado toda a atenção do exercício na população que não “precisa” tanto - essa imagem é um pouco destorcida da realidade.

Na minha perspetiva o exercício fará realmente a diferença na população com risco, ou com doença já instalada – para mim este é o aspeto decisivo. O exercício tem um papel fundamental na saúde, mas para mim mais importante até será o seu papel na doença - porque há muitas doenças para as quais não há plano B para o exercício. Hoje sabemos que o exercício não prolonga a vida, mas que a sua ausência a poderá encurtar! Assim, não serão tanto os benefícios do exercício que devemos focar, mas sim o “se não fizer exercício será péssimo para a sua vida e irá encurtá-la” em cerca de 3,5 a 6 anos. Hoje sabe-se que a inatividade é a 4ª causa de morte!

 

Considera que os profissionais de exercício estão preparados para trabalhar, nos mais diversos contextos, com população com patologia?

De uma forma geral, no ensino graduado e pós-graduado, nem de longe nem de perto estão preparados para trabalhar com todas as patologias. Há, contudo, gente muito bem preparada.

São áreas que implicam um investimento de conhecimento mui­to grande. Não é só o conhecimento daquela patologia, mas sim o impacto do exercício naquela patologia e a interação entre o exercício e a medicação (relação biunívoca). Se pensarmos no contexto oncológico, um cancro da mama tem uma implicação completamente diferente de um cancro dos intestinos ou do pul­mão, pelo que é essencial que a pessoa conheça aprofundada­mente a doença com a toda a multiplicidade de possibilidades. Isto é algo desafiante e complexo, pelo que afirmo que a maioria das pessoas não está preparada.

Parece-me que em muitos casos a universidade está completa­mente afastada da realidade, tanto na área da saúde como nou­tras, p.e. na empresarial. Não é que as faculdades tenham de ir apenas a “reboque” daquilo que a sociedade precisa, porque têm a sua independência e a função de ser opinion leaders, pelo que têm eles próprios de criar condições para que determinadas coisas se modifiquem na sociedade; mas também não pode­mos estar de costas voltadas. Falando agora das universida­des na área do exercício, estas estão complemente desligadas da realidade. E isto acontece, entre outras coisas, p.e. porque a progressão de carreira está completamente condicionada à produção científica. Assim, esta produção científica passa a ser a principal preocupação e ocupação dos professores, e obvia­mente que se escolhem áreas, que podem até não ser as mais relevantes para a sociedade, mas são as mais fáceis de publi­car… isto tem sido um tema muito discutido, foi até destaque no The Economist há bem pouco tempo .

 

O Professor foi o percursor do Exercício Clínico em Portugal. Passados estes anos, o que pensa que ainda há para fazer nesta área?

Não sei se fui o percursor do Exercício Clínico em Portugal, mas reconheço que tive um papel importante. Tenho uma certa habi­lidade para perceber as tendências na minha área profissional, obviamente. Comecei a introduzir a Fisiologia no futebol e a fa­lar de Exercício Clínico antes de este ser um tema muito falado. Agora estou a trabalhar na performance nas empresas e este ainda é um tema pouco divulgado.

No Exercício Clínico acho que ainda falta fazer tudo. Temos de convencer a classe médica que nós temos competência para trabalhar nesta área, mas para isso é necessário que os profis­sionais tenham efetivamente essa competência!

A verdade é que, do ponto de vista teórico os médicos com­preendem a pertinência do exercício, mas falta dar-se o passo para que seja indicado com o acompanhamento de profissionais competentes. Mas como disse, para isso a grande responsabi­lidade está do nosso lado (dos profissionais de exercício), nós é que temos de fazer o esforço para dizermos que temos com­petência para trabalhar com estes doentes. E como? Porque conhecemos a doença, o impacto do exercício e a interação entre o mesmo e a doença. Mas, infelizmente, penso que na maioria dos casos isto ainda não acontece.

 

Os últimos anos têm trazido grandes mudanças na prática e carreira dos Profissionais de Exercício. Na sua opinião, e olhando especialmente para os últimos 10 anos, o que mudou no que diz respeito ao trato com os clientes, e para onde pensa que caminhará?

O exercício de facto tem evoluído nos últimos anos. Mas acho que corremos o risco, aliás como em outras áreas da sociedade, em que apostamos muito na forma e pouco no conteúdo. Se hoje vir­mos, em muitos casos, o exercício mais parece um “folclore” e está pouco direcionado para um objetivo. Nessa perspetiva, penso que temos de fazer um regresso à base e concentrarmos-mos naquilo que é realmente o exercício.

Parece-me pois que tem evoluído, mas a um ritmo não tão rápi­do como eu achei que iria acontecer, nem que a comunidade está a pedir. Assim, acho que devemos recentrar a nossa atenção no exercício, uma atividade nobre, science based e para a qual não há um plano B. Claro que o podemos embrulhar para ficar ainda mais agradável, mas sem nunca esquecer o conteúdo.

 

Ainda em relação a esta nova realidade no mundo do exercício, pedia o seu comentário sobre:

• Tecnologia na saúde/ empowerment dos clientes de serviços de Saúde e Exercício

Relativamente à tecnologia no exercício e saúde é absolutamente impressionante a quantidade de coisas que se vão fazendo nesta área, o que vai ajudar as pessoas a ficar mais ligadas ao exercício, já que estas funcionam quase como um treinador pessoal, não do ponto de vista técnico, mas sim comportamental com um feedback constante e um status da avaliação a cada momento. Aliás, é muito interessante que numa edição recente da revista The Economist a 1ª página foi toda dedicada para a saúde na área digital. Acho que esta área vai continuar a evoluir; parece-me que teremos um problema relacionado com a inteligência artificial por causa da pri­vacidade de dados, pois estamos a gerar e guardar muitos dados biológicos que ficam facilmente acessíveis a determinadas entida­des e áreas de negócio que poderão beneficiar de forma indevida desta informação.

• Papel da formação avançada na evolução da Saúde e Exercício

Nesta área do exercício e saúde, ou exercício e doença como eu gosto de designar, será cada vez necessária mais formação avan­çada e complementar. Com efeito, o que está a acontecer é que as faculdades não estão a conseguir responder aos problemas da sociedade. De uma forma muito sincera, e falando do meu caso, admito que a quantidade de horas que ministro em Fisiologia na licenciatura é muito reduzida… Num curso de desporto, temos gen­te que quer seguir desporto e gente que prefere o exercício mais relacionado com a saúde, assim, ainda que a formação base seja a mesma, é preciso dar um “clique” para se especializarem – e este tem de ser dado através da formação avançada institucional, ou não, com cursos de curta ou longa duração. Não é possível, face às condições que temos hoje nas faculdades, dar uma formação aos alunos que responda a todas as exigências do mercado, pelo que a formação avançada terá um papel decisivo.

 

Considera que o mais fácil acesso à informação aumenta o nível da profissão?

Hoje, é preciso ter algum cuidado no acesso à informação. Espe­cialmente em áreas científicas muito recentes como o exercício, nutrição e fisioterapia, onde não há ainda uma robustez científica sólida.

Veja-se por exemplo a enorme quantidade de dietas e de planos de exercício que existe sem fundamento científico. Contudo há gente que as publica, defende e as absorve como se fosse uma verdade insofismável!

Já se está a produzir informação muito interessante mas, ao mes­mo tempo, há muita a desinformação, dados errados e coisas que estão longe de estar provadas cientificamente… Comparando p.e. com a medicina, que já tem um histórico mais longo, para mudar um tipo de abordagem terapêutica ou medicamento, demora-se anos para se chegar à conclusão que existe evidência que justifi­que essa mudança. Já no exercício e nutrição as coisas estão per­manentemente a alterar-se. Eu gosto sempre de falar na questão dos mitos e factos – gosto de dizer que mitos já temos muitos, pelo que é preciso agora criar factos.

A informação é, de facto, importantíssima, mas é fonte de muitos erros. É um duplo perigo: as pessoas têm informação errada e pen­sam que estão capazes de trabalhar com base nessa informação.

 

Para terminar, pedia-lhe que nos deixasse uma mensagem/ conselho para os profissionais que atuam nas áreas da saúde e exercício.

Dou 3 conselhos: formação, formação, formação. Não estou a ver outra forma de nos afirmarmos como uma profissão independente, como uma área de interligação com outras como fisioterapia e me­dicina, nutrição e psicologia, se assim não for.

Mas nós, os profissionais de exercício, para sermos reconhecidos nestes contextos de influência temos de ter um conhecimento ro­busto, science based e adequado às boas práticas – e isso só pode vir da formação.

 

Quais os seus planos para o futuro? Há algum projeto que tenha deixado pendente e que gostasse de concluir?

Há duas coisas das quais tenho muito orgulho. Uma delas é ter sido pioneiro nesta área da Fisiologia do exercício aplicada no terreno, pelo que já encerrei um pouco esse capítulo e trabalho bem menos nesse contexto.

No Exercício Clínico acho que tive um papel relevante, mas reco­nheço que hoje já não tenho resiliência para lidar com os aspetos burocráticos. Dou um exemplo: estou há mais de 6 meses a tratar de elementos burocráticos que conduzirão à criação de uma unida­de de Exercício Clínico em cancro da mama com a minha Faculda­de e no IPO, mas este processo é muito moroso e tenho pena que as coisas não andem mais rápido.

Aquilo que neste momento mais me apaixona é talvez um dos maiores desafios na minha vida. Estou a trabalhar com grandes consultoras mundiais no desenvolvimento tecnológico de uma pla­taforma de avaliação da performance em ambiente corporativo. É um projeto altamente sofisticado e desafiante e que me enche de orgulho estar a trabalhar, até porque é algo novo para mim e para o qual estou incrivelmente motivado. Durmo e acordo a pensar neste projeto que será certamente o próximo “projeto da minha vida”!


Esta entrevista fez parte da 2ª edição da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui. 

 

Fonte: Consulte a 2ª edição da Bwizer Magazine

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