Este artigo fez parte da 2ª edição da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.
Lesões musculares no Futebol: isquiotibiais
Hoje em dia, o termo prevenção de lesões é dos mais mencionados no ambiente desportivo. De facto, dentro do quadro patológico, as lesões musculares são, na sua maioria, o principal desafio para os jogadores de futebol, assim como para as equipas médicas e equipas técnicas, representando mais de um terço de todas as lesões no futebol. Dentro deste percentual, as lesões nos Isquiotibiais ocupam quase 40%, sendo a lesão muscular mais comum entre os futebolistas.
Identificação dos riscos
Um jogador que sofra de uma lesão da zona posterior da coxa para em média 2 semanas, sendo que o período pode estender-se sensivelmente até um mês, com todas as repercussões derivadas dessa paragem.
Para melhor definirmos o que podemos fazer para tentar prevenir esta lesão, podemos dividir os riscos associados em dois grupos: os não modificáveis e os modificáveis. Os primeiros estão diretamente relacionados com a raça, idade ou, por exemplo, as condições climatéricas, ou seja, apesar de ser uma realidade palpável, o atleta não pode interferir nas mesmas.
Por outro lado, identificar os fatores de risco modificáveis é crucial para reduzir o número de lesões. Entre eles, podemos assinalar como exemplo a força, a coordenação e amplitude de movimento.
Prevenção: periodização e força
Considerando a importância que a força tem para diminuir o fator de risco de lesão nos isquiotibiais, a normalização dos rácios de força excêntrica vs. concêntrica da zona da coxa é fundamental para prevenir o excesso de tensão na mesma. No entanto, como a ocorrência da lesão é multifatorial, apesar de todos os esforços, as estratégias de prevenção são ferramentas que nos permitem diminuir a ocorrência de lesão, não garantido, por sua vez, o seu total desaparecimento.
Para conseguirmos elaborar um plano de ação criterioso, devemos fazer avaliações na pré-epoca e monitorizar no seu decorrer para conseguirmos assegurar a eficiência do programa de prevenção de lesões vigente, diminuir os fatores de risco durante a época e ter a certeza que os atletas que não apresentavam nenhum fator de risco na pré-epoca não o desenvolvem durante a época desportiva (por ex.: défice de força). No entanto, é interessante assinalar que, apesar de uma série de fatores serem muito importantes para o risco de lesão (por exemplo: os défices de força ou o estado de fadiga que o atleta apresenta nos últimos 20 minutos de jogo), o que hoje em dia é visto como o fator mais decisivo para contrair uma lesão muscular é a (má) gestão de cargas de treino.
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