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Publicado a 14/08/2021

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As 4 fases da ventilação mecânica | Retirado de PortalEnf

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A ventilação mecânica pode ser definida como: "Todo o procedimento de respiração artificial que envolve uma máquina que movimenta os gases para dentro e para fora dos pulmões, gerando um gradiente de pressão entre as vias aéreas superiores e os alvéolos, introduzindo ar fresco e retirando ar saturado. Deste modo, ajuda a substituir temporariamente a função respiratória, melhorando a oxigenação e influenciando a mecânica pulmonar. É um suporte temporário até que a lesão ou alteração funcional se recupere e repare."

A decisão de iniciar ventilação mecânica baseia-se na maioria das vezes em critérios clínicos (fadiga/exaustão óbvia, paragem respiratória eminente, incapacidade de ventilação, etc). O início da ventilação não deve ser retardado para aferição de parâmetros mecânicos ou gasimétricos indiciadores da necessidade de ventilação.

A ventilação mecânica é feita através do uso de pressão positiva nas vias aéreas, e envolve 4 fases:

1. Fase Inspiratória - o ventilador insufla os pulmões do doente, "vencendo" a compliance pulmonar. No final desta fase pode utilizar-se um recurso denominado pausa inspiratória, para melhorar as trocas gasosas.

2. Mudança Fase Inspiratória para Fase Expiratória (Ciclo por pressão, volume, fluxo ou tempo) - também denominada como fase de ciclo do ventilador, ocorre a interrupção da fase inspiratória e dá-se o início da fase expiratória.

3. Fase Expiratória - de forma passiva, o ventilador permite a saída do ar dos pulmões, mantendo um pequeno volume residual, garantindo uma pressão positiva no fim da expiração, permitindo aumentar a capacidade residual dos alvéolos, denominando esta pressão por PEEP. Este recurso impede o colapso alveolar e favorece a oxigenação dos tecidos.

4. Mudança Fase Expiratória para Fase Inspiratória (Ciclo por pressão, volume, fluxo ou tempo) - o ventilador interrompe a fase expiratória e permite o início da fase inspiratória do novo ciclo. Esta mudança ocorre de acordo com a frequência respiratória programada. Se o doente tiver estímulo ventilatório, a nova fase inspiratória inicia-se quando o ventilador deteta o esforço inspiratório do doente (trigger - sensibilidade), dando início a um novo ciclo respiratório. Quanto maior essa sensibilidade, menos o esforço do doente. Este fator pode ser regulado por pressão ou por volume.

 

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