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Publicado a 26/11/2017

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Cefaleias...

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Cefaleia é a designação genérica dada a qualquer dor localizada na cabeça ou na região superior do pescoço (região cervical), podendo ter origens múltiplas. Pela sua elevada incidência e prevalência, a Organização Mundial da Saúde, na sua revisão de 2010 publicada no último trimestre de 2012, classifica a “dor de cabeça” entre os dez primeiros lugares no conjunto de todas as doenças conhecidas no mundo.

Quando as cefaleias são doenças por si só, ou seja, a doença é a própria dor de cabeça que é recorrente, designam‐se por cefaleias primárias, sendo estas as situações mais frequentes. As cefaleias secundárias são aquelas que se devem a outra doença subjacente, ou seja, a dor de cabeça é um sintoma de outro problema.

É fundamental esta distinção, pois o tratamento é, fundamentalmente, diferente. O tratamento das cefaleias primárias é mais complexo pois, em geral, são recorrentes e incuráveis provocando uma importante incapacidade e diminuição da qualidade de vida. Embora incuráveis, as cefaleias primárias têm tratamento “paliativo”, o que permite, na maioria dos casos, viver uma vida normal com uma incapacidade mínima.

Nas cefaleias secundárias, a abordagem é feita com o objetivo de diagnosticar e tratar a patologia na origem da dor.

Existe ainda um terceiro grupo de cefaleias, as nevralgias, ou seja, as dores de cabeça que se devem ao aparecimento de um processo inflamatório a nível dos nervos da cabeça ou do pescoço e que se tornam origem da dor, sendo as mais importantes a nevralgia do trigémeo e a do grande occipital.

Independentemente da sua origem, esta é sem dúvida uma patologia com uma grande incidência na população mundial, sabendo-se hoje que podem estar na origem de estados depressivos, perturbações de humor, alterações posturais, bem como outras doenças que envolvem processos de sensitização central e periférica. Além disso, são também uma das principais causas de toma de medicação e automedicação, podendo ser muitas vezes excessiva.

Assim, é cada vez mais importante o profissional de saúde estar apto a dar resposta a estas situações, estando preparados para avaliar e intervir de uma forma adequada e eficaz, reduzindo a toma de fármacos, especialmente tendo em conta que a evidência científica e clínica mais recente tem demonstrado que outras abordagens, como a Terapia Manual, podem também ter resultados muito positivos e sem os efeitos secundários decorrentes da medicação.

Para o profissional de saúde, o tratamento da região crânio-cervical é particularmente complexo, levantando no terapeuta a necessidade de um conhecimento profundo sobre a estrutura e função destas regiões, assim como das técnicas de tratamento mais eficazes e, acima de tudo, seguras.

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