Considerações sobre o Choque no Doente Vítima de Trauma (Bwizer Magazine)

Marco Sousa

Este artigo fez parte do Número 16 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

O choque é a uma grave condição clínica resultante da redução profunda e disseminada da perfusão tecidular efetiva, que resulta numa diminuição do aporte de oxigénio e nutrientes necessários para manter as necessidades metabólicas das células. Em resposta ao choque, o organismo responde através da ativação de mecanismos intrínsecos compensatórios de forma a aumentar a perfusão em áreas de elevadas necessidades metabólicas, nomeadamente o cérebro, coração e pulmões. Se houver falha na resposta compensatória inicia-se um quadro de falência circulatória que pode resultar em total disfunção dos órgãos e, eventualmente, a morte.

O reconhecimento precoce do doente em choque ou dessa possibilidade é a chave que poderá levar à diminuição da mortalidade e morbilidade associada a esta condição.

Nenhum teste laboratorial ou radiográfico é exclusivo para diagnóstico de choque. O choque pode ser inicialmente reconhecido pela presença de sinais e sintomas que nos indiciem uma inadequada perfusão dos tecidos, como por exemplo, alterações do estado de consciência, hipotensão e sinais de hipoperfusão (pele fria e húmida, aumento do tempo de preenchimento capilar). Uma vez reconhecido o choque, a determinação da causa/tipo de choque é o próximo passo, de modo que uma atuação adequada possa ser iniciada o mais rapidamente possível. A hemorragia é a causa mais comum de choque nos doentes vítimas de trauma.

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Este artigo fez parte do Número 16 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

CV: Coordenador Pedagógico - Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica, Marco Sousa é um experiente enfermeiro, formador e docente, que conta com Competências Acrescidas pela Ordem dos Enfermeiros em Emergência Extra-Hospitalar.

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