O treino excêntrico, tem vindo a tornar-se parte essencial no treino dos atletas de desportos de alta competição e alto impacto, principalmente no futebol. Evidências mostram que este treino específico, além de interferir com a morfologia muscular, parece também promover alterações neuromusculares específicas e dependentes de diferentes fatores, incluindo mudanças:
Há diferentes alterações morfológicas e funcionais documentadas para o músculo e para as unidades miotendinosas decorrentes da exposição ao treino excêntrico. Estas terão uma utilidade bastante relevante nos futebolistas no âmbito do aumento na amplitude de dorsiflexão do tornozelo (aguda e crónica) e prevenção de lesões nos músculos isquiotibiais.
Quando consideramos outros estudos que incluem atletas de várias modalidades (incluindo o futebol) e de diferentes níveis desportivos, estes comprovam o mesmo referido acima, verificando-se um efeito preventivo importante no exercício excêntrico - a redução do risco de lesões musculares nos isquiotibiais e isquio-femoro-peroneais superior a 50%.
Contudo, as lesões nos músculos isquiotibiais ainda são bastante frequentes em contexto desportivo.
"O analfabetismo motor associado à inadequada metodologia de treino são fatores importantes para a prevenção deste tipo de lesões. O controlo motor associado ao gesto técnico deve ser trabalhado para estimular a neuroplasticidade. A metodologia de treino requer uma adequada gestão do treino dos atletas e o risco de lesão pode ser controlado através do tempo de exposição ao risco, da gestão da dosagem dos movimentos potencialmente lesivos, do trabalho de força com carga e posturas adequadas, e do ensino de movimentos, tais como, landing, desacelerar, técnica de corrida, saltos, entre outros.” in “Tendon Neuroplastic Training
Conheça, num vídeo tutorial e prático, a visão do fisioterapeuta Ricardo Vidal sobre a Contração Excêntrica na Reabilitação dos Isquiotibiais e a progressão na sua prevenção e reabilitação: