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Publicado a 12/11/2021

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João Moura Meireles

Cuidados à pessoa em situação crítica ventilada | Por João Meireles (Bwizer Magazine)

João Moura Meireles

Este artigo fez parte do Número 15 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.


Quando é necessário assegurar uma via aérea segura e iniciar ventilação mecânica invasiva, significa que o doente apresenta uma situação clínica que requer substituição da função respiratória. A abordagem ao doente ventilado demanda experiência e conhecimento na área do doente crítico, garantindo assim cuidados seguros, em tempo útil.

A ventilação mecânica invasiva (VMI) surge na necessidade de substituir de forma parcial ou total, a função respiratória, nomeadamente em doentes com falência respiratória. A VMI é amplamente utilizada em doentes críticos internados em unidades de cuidados intensivos, mas também o é nos doentes sujeitos a intervenção cirúrgica, durante o intraoperatório.

A VMI deve ser idealmente planeada, podendo, no entanto, surgir em contexto de urgência/emergência, sendo, nestes casos, iniciada o mais precocemente possível no decurso da doença.

Pode ser aplicada através do recurso ao tubo endotraqueal (orotraqueal e nasotraqueal) ou por traqueostomia e, apenas nestas duas situações, podemos considerar que o doente tem a via aérea segura. Pode ainda ser aplicada através de dispositivo supraglótico, nomeadamente por máscara laríngea, frequentemente utilizada em ambiente de bloco operatório, mas sem a segurança da prevenção de aspiração do conteúdo gástrico, ou a garantia do volume/pressão definido para a ventilação.

Uma das consequências mais presente nos doentes submetidos a VMI é a pneumonia associada à intubação (PAI). A PAI é a pneumonia que surge em pessoa com tubo orotraqueal há mais do que 48 horas ou em pessoa que foi extubada há menos de 48 horas.(1)

Contudo, a definição da PAI é algo controverso, assim como já era a definição da Pneumonia Associada a Ventilação (PAV), quando em 2005, no documento elaborado pelo Instituto Dr. Ricardo Jorge em parceria com o Ministério da Saúde, distinguiam a PAV tardia da precoce, e associavam à PAV a presença do tubo traqueal, principalmente pela facilidade na colonização da árvore traqueo-brônquica, e na contaminação do aparelho respiratório inferior, durante o procedimento da intubação ou simplesmente pela quebra na barreira natural de defesa entre a orofaringe e a traqueia.

 

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PS: Se tiver alguma dificuldade em aceder à revista, volte a tentar numa Nova Janela de Navegação Anónima - dessa forma não existirão barreiras à sua evolução.

Este artigo fez parte do Número 15 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

CV: João Meireles é Enfermeiro, Especialista em Enfermagem Médico Cirúrgica, Pós Graduado em Enfermagem de Anestesiologia e Pós Graduado em Bloco Operatório, Pós-Operatório Precoce e Endoscopia.

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