O objetivo do Dia Mundial do Coração, instituído pela Federação Mundial do Coração (World Heart Federation), é divulgar os perigos das doenças do coração e apelar à sua prevenção, já que as doenças cardíacas e o acidente vascular cerebral são as principais causas de morte no mundo, com 17,3 milhões de ocorrências por ano.
Um estudo recentemente realizado em Portugal envolvendo 365 médicos de cuidados primários de saúde que acompanham cerca de 6.300 indivíduos com mais de 25 anos, observou que os casos totais de insuficiência cardíaca crónica em Portugal rodam os 4,4% (3,69% - 5,02%), sendo que esta prevalência sobe 1,36% em pessoas com idades entre 25-50 anos e 16% em indivíduos com 80 ou mais anos. Este estudo salientou também que os principais fatores de risco para a insuficiência cardíaca em Portugal são hipertensão, doença arterial coronariana e pericardia.
DOENÇA CORONÁRIA
As doenças cardiovasculares afetam o coração e seus vasos e estão intimamente relacionadas com o “engrossamento e entupimento” das artérias da acumulação de placas ao longo dos anos. À medida que a placa engrossa, a passagem torna-se mais estreita e o fluxo sanguíneo é reduzido. A pressão de fluxo aumenta e o sangue torna-se menos oxigenado.
Se esta situação persistir, é apenas uma questão de tempo antes de um colapso do sistema cardiovascular levando a um acidente vascular cerebral se for um vaso sanguíneo dirigindo sangue para o cérebro ou insuficiência cardíaca e morte.
DOENÇA CONGÉNITA DO CORAÇÃO
As doenças congénitas do coração, podem ser hereditárias, ou não terem nenhuma causa aparente para o seu surgimento; estando normalmente associadas a defeitos nos principais vasos, válvulas e câmaras cardíacas.
CARDIOMIOPATIA
As cardiomiopatias acontecem quando o músculo cardíaco está em disfunção, apresentando-se na maioria das vezes invulgarmente engrossado ou ampliado. Esta doença é progressiva e piora com o, podendo conduzir à morte por insuficiência cardíaca.
Com efeito, a cardiomiopatia pode apresentar-se sob três formas:
Cardiomiopatia dilatada - nesta forma, a câmara de bombeamento de sangue principal do coração está enfraquecida e ele tira menos sangue do que o normal e, ainda menos, ao longo do tempo.
Cardiomiopatia hipertrófica - espessamento dos músculos cardíacos que restringe o fluxo de sangue para fora do coração.
Cardiomiopatia restritiva - nesta forma, a parte inferior do coração não se expande adequadamente para empurrar o sangue. Há muita rigidez e os ventrículos têm que empurrar mais do que o normal para bombear sangue. Ao longo do tempo, o coração pode falhar completamente.