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Publicado a 13/10/2018

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César Leão

Dieta Cetogênica – estará o segredo na gordura? | Por César Leão (Bwizer Magazine)

César Leão

Este artigo fez parte da 4ª edição da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

 

"Apesar da atenção que tem tido nos últimos anos, a dieta cetogênica não é propriamente uma novidade. Desde que em 1906 Stefasson observou os hábitos alimentares dos Inuit, os possíveis efeitos positivos de uma dieta mais rica em gordura têm sido propalados. Além da sua utilização clinica no tratamento da epilepsia infantil, existe atualmente muito interesse sobre a possível utilização desta dieta para o tratamento de várias doenças, como o cancro e a diabetes, assim como método de perda de peso. Neste artigo iremos sobretudo tentar desmistificar algumas ideias relacionadas com a sua utilização para a perda de peso, bem como a sua utilização para melhorar o rendimento desportivo.

Não existe um acordo sobre exatamente o que deve ser considerado uma dieta cetogênica, sendo que a definição que mais consenso reúne refere que é uma dieta com um consumo de 20 a 50 gramas/dia de hidratos de carbono, sendo que em termos de distribuição percentual pelos macronutrientes encontramos uma composição de 15-20 % do Valor Calórico Total (VCT) em proteína, de 5-10% do VCT em hidratos de carbono e o restante em gordura. O que se pretende com esta restrição em hidratos de carbono é induzir um estado de cetose nutricional, onde como consequência da degradação dos ácidos gordos para obtenção de energia, há um aumento benigno das cetonas circulantes na corrente sanguínea.

O excesso de peso e a obesidade têm vindo a atingir níveis históricos e alarmantes. No mesmo sentido, encontramos também um aumento da prevalência de doenças crónicas como a diabetes e o cancro, que têm na obesidade um dos principais fatores de risco. Devido a essa associação, cada vez mais a prevenção e o tratamento incluem a mudança de hábitos alimentares. Por essa razão, a procura de uma panaceia universal que resolva todos esses problemas, tem sido utilizado como instrumento de marketing de muitas dietas.

Apesar de haver uma série de mecanismos que podem conduzir ao aumento de peso, é bem aceite pela comunidade científica que a principal razão para que a acumulação de tecido adiposo aconteça se prende com um desequilíbrio calórico, ou seja, com uma ingestão de calorias maior do que as que são despendidas pelo organismo. Esta teoria foi nomeada de CiCo – calories in calories out. No entanto, nos últimos tempos, tem-se assistido ao regresso de uma “nova” hipótese, a teoria insulínica. Esta defende que a acumulação de gordura acontece devido ao aumento de produção de insulina, associado a um excesso de consumo de hidratos de carbono. Nesse modelo postula-se que, diminuindo o consumo de hidratos de carbono, se assiste a uma diminuição da produção de insulina, pelo que para a mesma ingestão calórica haverá uma maior perda de peso." [...]

 

Para continuar a ler este artigo da autoria do Nutricionista César Leão, clique AQUI! 

 

Este artigo fez parte da 4ª edição da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

CV: César Leão é licenciado em Ciências da Nutrição e, seguindo a sua paixão pela área do Desporto, Mestre em Treino Desportivo. Esta paixão já o levou ao FC Paços de Ferreira onde trabalha como nutricionista, integrando a equipa clínica do clube, assim como à Federação Portuguesa de Voleibol.

Fonte: Consulte a 4ª edição da Bwizer Magazine

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