Tomás Pérez é uma referência internacional na Fisioterapia. Apaixonado pela área da Terapia Manual e, em concreto, pela avaliação e diagnóstico da ATM (Articulação Temporomandibular), é conhecido por ser um perfeccionista, colocando-se padrões elevados de exigência nas diferentes (e muitas) coisas que faz.
Para além da sua atividade em centro clínico próprio, Pérez é coordenador dos torneios ATM Master Series e WTA de Madrid desde 2005, e tem desenvolvido uma sólida carreira académica, sendo docente do Departamento de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da prestigiada Universidade CEU de Madrid.
E é com grande orgulho que o apresentamos, também, como formador Bwizer do curso de ATM – Avaliação e Tratamento da Disfunção Craneo-Cervico-Mandibular. Conversámos com Pérez para compreender as mais-valias deste curso, e de que modo se pode tornar uma importante ferramenta para fisioterapeutas e terapeutas da fala.
1. Qual o objetivo da formação em ATM - Avaliação e Tratamento da Disfunção Craneo-Cervico-Mandibular?
O objetivo principal deste curso é permitir ao formando adquirir as competências necessárias de avaliação e tratamento do sistema Craneo-Cervico-Mandibular, para possibilitar a abordagem das ferramentas de fisioterapia nos problemas funcionais mais frequentas na região temporo-mandibular.
2 - Quais os benefícios para o Fisioterapeuta e para o Terapeuta da Fala?
Com este curso adquirem-se os princípios básicos de avaliação e as técnicas de tratamento mais simples e eficientes com evidência científica. Também são revistos os conceitos básicos para se relacionar corretamente esta área com a de outros profissionais, como os odontologistas e os cirugiões maxiofaciais.
3 – Pode contar-nos uma situação em que tenha aplicado as técnicas do curso no Open de Madrid?
Na prática desportiva de elite é frequente encontrar casos de hiperatividade de oclusão mandibular, geralmente como resposta ao stress que os atletas de alta competição sentem durante a competição. Perante uma resposta inconsciente que pode causar irritação e dor nas articulações da mandíbula como hiperatividade dos músculos mastigatórios, a fisioterapia é imposta como um recurso necessário para ajudar os atletas a gerir esta disfunção muscular, proporcionando estratégias de auto-gestão para o stress e tensão muscular e, assim, prevenir novas alterações ao níver articular e funcional. Numa competição como o OPEN de Madrid, contamos com dois fisioterapeuta especializado no tratamento da disfunção crânio-cervical-mandibular, bem como com a colaboração de dentistas familiarizados com o tratamento funcional desta área, que impedem o desconforto e as disfunções orofaciais, quer sejam causadas pelo stress ou por trauma direto.