Que idade tem e qual a sua profissão?
Tenho 24 anos e sou fisioterapeuta.
É do senso comum que um fisioterapeuta trata doentes, mas a Catarina é o exemplo de sucesso de que a Fisioterapia não tem que se cingir à vertente clínica. Poderia contar-nos onde trabalha atualmente e qual a sua função?
É verdade, o fisioterapeuta atua em outras áreas que não sejam a vertente clínica direta. No meu caso, trabalho há quase dois anos na Plux, empresa que entre outras coisas desenvolveu um equipamento de biofeedback eletromiográfico, Physioplux, para monitorização do sinal elétrico muscular. Esta é uma ferramenta bastante útil no acompanhamento do exercício e avaliação da condição muscular.
Embora não exerça funções em contecxto clínico há já cerca de um ano, a minha atividade continua bastante interligada com a prática clínica. Estou em constante contato com outros fisioterapeutas, seja para os formar acerca da utilização do Physioplux, seja para os ajudar nas primeiras sessões com os seus pacientes. Além de estar inserida em projectos de investigação, realizados em parceria com alguns clientes, sou responsável por várias acções de formação, tendo o primeiro curso em parceria com a Bwizer ocorrido no presente mês de Setembro.
Sente-se realizada a fazer o que faz? Como surgiu esta oportunidade?
Sinto-me bastante realizada. Embora goste imenso da componente prática, do contato diário com os pacientes e do sentimento de missão cumprida quando se atingem os objetivos da intervenção, gosto imenso da vertente mais educacional e expositiva das minhas atuais funções.
Relativamente ao surgimento desta oportunidade, eu trabalhava com o Physioplux na minha prática clínica na Fisiogaspar aqui em Lisboa. Fui desenvolvendo as minhas competências e ganhando experiência clínica na área, quando surgiu a oportunidade de integrar a equipa da Plux. Durante quase um ano mantive ambos os trabalhos, pois era minha intenção manter a prática clínica e um prazer fazer parte de uma casa como a Fisiogaspar. No entanto, com as constantes viagens para fora do país, deixou de ser possível continuar a acompanhar os meus pacientes e manter o meu nível de trabalho. Assim, desde há cerca de um ano que cinjo a minha prática à actividade que exerço na Plux.
Para quem não conhece, poderia explicar em que consiste o Physioplux e partilhar um pouco da sua história?
O Physioplux é uma ferramenta de biofeedback eletromiográfico que recolhe o sinal elétrico muscular com a finalidade de gerar animações em tempo real. Essas animações dão feedback acerca da atividade de cada músculo, podendo, por gora, ser analisados 4 musculos em simultâneo. O Physioplux torna-se uma ferramenta bastante importante na monitorização do exercício e no sucesso do processo de aprendizagem.
Cada vez mais vemos a tecnologia a ganhar terreno na área da saúde e a contribuir para diagnósticos e tratamentos mais eficientes. Considera que o Physioplux está a mudar o paradigma da reabilitação? De que forma?
Eu penso que sim. São cada vez mais as pessoas que se rendem à utilização do physioplux por o considerarem um elemento facilitador e potenciador do sucesso da intervenção em fisioterapia. É uma ferramenta bastante simples, que não vem mudar nada de forma radical, nem vai contra os princípios que todos conhecemos enquanto fisioterapeutas. É sim, uma ferramente que potencia imenso a nossa acção, que nos permite ter a certeza da quantidade e qualidade da atividade muscular do paciente, que o ajuda a perceber muito mais rapidamente como executar a contração, o movimento, a tarefa… O Physioplux permite-nos ainda descobrir imenso acerca da biomecânica do corpo humano, testar e descobrir os exercícios e forma de os executar para cada paciente e para cada estadio evolutivo. Conseguimos adaptar cada exercício à real capacidade do paciente, progredindo à medida que objetivamente obtemos resultados.
A Plux está constantemente a rever o sistema Physioplux e a criar atualizações do mesmo. Poderia adiantar algumas das novidades que estão para breve?
Neste momento está algum trabalho em cima da mesa, havendo novidades para breve. A novidade mais entusiasmante diz respeito ao lançamento de um sistema simples para monitorização do exercício feito em casa. O objetivo é que o paciente possa monitorizar os exercícios que tem para realizer no domicílio, garantindo que os executa adequadamente. Trata-se de uma aplicação móvel, que necessitará de um hardware simples com sensores de eletromiografia totalmente sem fios. Será a nossa primeira experiência do género.