O local onde as pessoas morrem é um indicador vital dos cuidados de fim de vida. É importante em relação à preferência do paciente e com implicações claras para a alocação de recursos de saúde em vista dos mais vulneráveis.
Há uma preocupação de direitos humanos com a incongruência total entre o local de óbito preferido e o local real que dita, por consequência, a eficácia dos Cuidados Paliativos.
A maioria das pessoas prefere morrer em casa, mas a maioria morre no hospital. Além disso, existem variações sociais que sugerem desigualdade. A provisão de cuidados paliativos aumenta as chances de óbito em casa. No entanto, o nível de desenvolvimento de cuidados paliativos difere em todo o mundo, de países com ‘nenhuma atividade conhecida’ até ‘integração avançada do sistema de saúde’. A maioria das pesquisas concentram-se nos países do último grupo.
Uma combinação de fatores desempenha um papel no local onde as pessoas morrem, incluindo fatores relacionados à doença, individuais e ambientais. No entanto, sabemos muito pouco sobre como essa teia complexa de fatores se aplica a países com pouca integração dos cuidados paliativos aos serviços de saúde convencionais.
Esses países constituem a maioria em todo o mundo.
O conhecimento da sua realidade ajudará a entender o que configura o local da morte num contexto que pode oferecer suporte menos formal à morte em casa. Assim, este estudo teve como objetivo analisar as tendências e alguns fatores de risco críticos para óbito hospitalar por doenças que necessitam de cuidados paliativos num país sem cuidados paliativos integrados - Portugal.
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Fonte:
Risk factors for hospital death in conditions needing palliative care: Nationwide population-based death certificate study - https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/0269216317743961