Este artigo fez parte do Número 9 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.
Falar de uma Unidade de Saúde pressupõe sempre falar de um Centro de Formação.
Podemos, por isso, referir que a Formação numa Unidade de Saúde (qualquer que seja, quer ao nível da diferenciação, quer ao nível da dimensão), será sempre um pilar primordial. Um pilar, porque o Centro de Formação, ou a Academia como agora por vezes é referido, é um dos serviços transversais a qualquer Unidade de Saúde, assim como bastante específico comparativamente aos outros que também são transversais. O que o distingue é o seu público e a sua missão. Só essa perspetiva faz com que este serviço tenha uma força e um potencial incrível.
Trabalhar para todas as Equipes Médicas, de Enfermagem, dos Técnicos Superiores de Saúde, dos Assistentes Operacionais, dos Assistentes Técnicos e dos Técnicos Superiores não Clínicos, é realmente algo importante e fundamental para uma Unidade de Saúde de excelência.
Na Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM) também é assim. E este desafio é interessantíssimo, pois sendo a nossa missão a preocupação em ter cuidados de excelência, com profissionais de excelência, é importante que tenhamos formação de excelência.
Mas que formação é esta se os profissionais já são “formados” e têm também formação no serviço?
Numa Unidade de Saúde como a ULSM, onde trabalham cerca de 2300 colaboradores, é importante satisfazer as suas várias necessidades ao nível formativo, nomeadamente:
Foi assim que definimos um modelo formativo dinâmico, proactivo, formal/ informal, motivacional e humanista. Com efeito, neste modelo formativo dividimos a formação em 4 áreas distintas:
Na formação técnica, promovemos o envolvimento interno ou externo de formadores para a criação de conteúdos programáticos em áreas tão distintas como a dor, até aos modelos de investigação.
Na formação para a cidadania, promovemos formação transversal, que essencialmente tenta promover a reflexão e o desenvolvimento de espírito crítico, nomeadamente através de conferências, como por exemplo sobre os refugiados, ou até palestras sobre a transexualidade na primeira pessoa.
Na formação para “nós” essencialmente queremos cuidar do colaborador e aí desenvolvemos modelos formativos em áreas como gestão de stress em profissionais de saúde, dança e até teatro.
Na Formação para a Comunidade, tentamos promover formação junto da própria comunidade com o intuito de a sensibilizar para práticas concretas na área da saúde e, desta forma, aumentar as suas competências, com a expectativa de reduzir os níveis de doença.
Com efeito, promovendo formação eficaz e adaptada às necessidades dos colaboradores, aumentamos as suas competências de forma global e promovemos a sua motivação, conseguindo ainda criar um sistema de vinculação e até de melhoria dos processos de humanização para com esses mesmos colaboradores. E, assim, certamente irão promover melhores cuidados de saúde junto da população que os procura.
É por isso que importa reforçar as dinâmicas dos Centros de Formação, pois elas também são centro de proatividade e humanização para a excelência do funcionamento global da instituição.
Este artigo fez parte do Número 9 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.
Fonte: Consulte o número 9 da Bwizer Magazine