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Publicado a 30/09/2015

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História de Sucesso | Conheça Graça Barros

Conheça Graça Barros, fisioterapeuta e umas das sócias da clínica Fisio-lógica, uma clínica privada em Lisboa especializada em reabilitação neurológica! Recentemente juntou as suas duas maiores paixões (Fisioterapia e Fotografia) e lançou uma exposição na sua clínica que teve destaque na comunicação social!


Fale-nos um pouco de si.

Falar de mim? Pouco tenho a contar: Mãe de 2 filhas maravilhosas que são o meu orgulho pela sua independência e determinação; alguém que se formou em Fisioterapia (há muitoooooooos anos) que, com o correr da sua prática, se apaixonou pelo que faz.


Quando era adolescente, que profissão gostaria de ter no futuro? Sempre sonhou em ser Fisioterapeuta?

Nessa altura, adolescência, sonhava em ser malabarista o que neste momento tem alguma curiosidade: um fisioterapeuta não faz um determinado “malabarismo” com todo o seu conhecimento teórico interligado com a sua experiência de prática clínica?


O que a levou interessar-se pela Fisioterapia?

A fisioterapia surgiu na minha vida por acaso. Uma tia era enfermeira de reabilitação em Alcoitão e desafiou-me. Inscrevi-me no curso sem saber bem ao que ia.


No seu percurso profissional como Fisioterapeuta, quais foram as experiências que mais a marcaram?

De todas? Aquele momento, aquele olhar do nosso paciente quando alcança a sua conquista pessoal? Melhor que isto não há, ou ser visitada por aqueles que tratámos. Por vezes visitam-nos aqueles que menos esperamos, agradecidos por lhes termos devolvido “uma vida sem dor” ou “uma vida o mais funcional possível”.


O que a levou a seguir o caminho da prática privada de Fisioterapia? Fale-nos um pouco do desafio Fisio-lógica - a única clínica privada em Lisboa especializada em reabilitação neurológica e na qual trabalha.

O início da minha atividade profissional começou na clínica privada e por aqui continuei. A Fisio-lógica surgiu de um desejo comum. Todas trabalhávamos em muitas áreas incluindo a neurologia. Esta é uma área muito carenciada em Portugal. Um paciente que sofre um AVC depois do internamento e dos hospitais de vanguarda como o Alcoitão, Tocha ou São Braz de Alportel poderão dirigir-se onde? Por outro lado, uma das minhas sócias foi a primeira instrutora de Bobath em Portugal. Para quem não sabe é uma forma de tratamento diferente para o paciente neurológico.


Já participou em formações Bwizer. Quais as que mais a marcaram e que partido tira delas atualmente?

Participei na formação do Ft Paul Hodges que decorreu durante o Congresso Nacional de Fisioterapeutas. Foi uma maravilha!!! Tivemos a sorte de poucos se inscreverem e por isso tivemos o fantástico Ft Paul Hodges só para nós! Além disso não há nada a criticar em todo o apoio dado pela Bwizer: prontos a melhorar a formação em curso, como conseguirem um Ecógrafo de superfície para uma prática cheia de entusiasmo.


Como concilia a sua vida pessoal com a profissional?

Agora? Fácil. Apesar de ter vida própria sou dona do meu horário nunca esquecendo as necessidades da minha família e dos meus pacientes. Mas, no início da vida de mãe, foi duro. Felizmente consegui, o melhor que pude e deixaram, poder conciliar os horários com horários escolares a cumprir. Além disso tive sempre o apoio incondicional do marido. Foi difícil mas possível.


Uma curiosidade sobre si que nada tenha a ver com a fisioterapia.

Fotografia. Adoro!!! A luz, o que se pode transmitir com um click!

Mesmo assim juntei as 2 paixões. Com uma das minhas sócias fizemos uma exposição de retratos dos nossos pacientes neurológicos, sem fins lucrativos mas com uma vertente de solidariedade. A aderência tem sido louvável e por isso conseguimos ajudar pessoas carenciadas a terem os seus tratamentos de terapia da fala e outas ajudas.


Uma dica ou frase de inspiração para aqueles que gostariam de seguir os seus passos?

Ser fisioterapeuta neste país não é fácil, mas para acabar em beleza esta entrevista, aqui vai uma das frases que mais me motivam:

Se o doente melhorou é altura de mudar! Se o doente estabilizou é altura de mudar! Se o doente piorou é altura de mudar!

E é verdade, na mudança conseguimos oferecer aos nossos pacientes diferentes formas de estar, diferentes formas de variar o seu dia-a-dia. A nossa vida não é estanque e temos sempre pela nossa frente a chamada variância, quer seja de ambiente quer seja de exigência da tarefa. Uma simples tarefa como levar a comida à boca pode tornar-se tão difícil e tão dependente.

Desafio todos: durante 24 horas ponham o vosso braço imobilizado ao peito e tentem comer, vestir-se e tudo o que fazemos e que nos parece fácil.

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