O nosso website utiliza cookies por forma a melhorar o desempenho do mesmo e a sua experiência como utilizador. Pode consultar a nossa política de cookies AQUI

Publicado a 13/06/2015

Voltar

História de Sucesso | Conheça Micael Moreira

Conheça Micael Moreira, jovem fisioterapeuta e um dos mais recentes Dynamic Tape® Instructors portugueses! Nesta entrevista, Micael fala-nos um pouco do seu percurso profissional que, apesar de ainda curto, já está recheado de sucessos!

Fale-nos um pouco de si.

O meu nome é Micael Moreira, nasci em 1992, natural da bela freguesia de Rãns, concelho de Penafiel. Sou um fisioterapeuta da área neuromusculoesquelética, com especial enfoque no contexto desportivo e investigação científica. Formei-me na ESTSP, onde me encontro neste momento a concluir o Mestrado em Terapia Manual Ortopédica.

Quando era adolescente, que profissão gostaria de ter no futuro?

Confesso que quando criança o meu sonho era ser mecânico. Sempre tive necessidade e vontade de entender como todos aqueles motores funcionavam, a interdependência entre os vários componentes, a forma como se algo falhasse no processo tudo o resto fracassava também. Daqui resultou a minha paixão por áreas como a biomecânica, a investigação científica e que depois acabou por se aliar ao gosto pela reabilitação e promoção da Saúde.

O que o levou interessar-se pela Fisioterapia?

Tendo em conta o meu gosto pela biomecânica, com o passar dos anos acho que senti a falta da interação e ligação que como Fisioterapeutas conseguimos (pelo menos é fundamental) estabelecer com aqueles que nos procuram diariamente. Depois o facto de estar ligado ao desporto desde os meus 5 anos, fez com que tivesse um especial interesse em compreender o meu corpo e dar resposta às necessidades competitivas a que era submetido.

Quais os trabalhos/experiências profissionais que mais o marcaram?

Felizmente até agora tenho tido muito boas experiências profissionais. Inicialmente, quando ainda não tinha terminado a licenciatura tive a oportunidade de colaborar com o departamento clínico do SC Freamunde (sendo que ainda hoje continuo a colaborar com o clube) e de facto foi importante contactar desde cedo com excelentes profissionais que me fizeram, não só, sentir a necessidade, mas também me ajudaram a crescer todos os dias. Recentemente o novo projeto ROPE, que tenho o orgulho de ter visto os seus primeiros passos, tem me influenciado de uma forma bastante positiva.

Mais recentemente envolveu-se como referiu num projeto inovador chamado ROPE – Reabilitação e Otimização da Performance, onde também estão envolvidos outros formadores Bwizer! Como está a ser esta experiência?

Uma experiência incrível. Tiro o máximo de partido de todos os dias em que vou "trabalhar". Construímos uma abordagem de reabilitação multidisplinar, que conta com profissionais de referência de distintas áreas como a otimização da performance desportiva/prevenção de lesões, biomecânica do gesto desportivo, optometria, nutrição, psicologia e podologia. Acredito que o ambiente em que nos inserimos é de facto fulcral no nosso crescimento pessoal e profissional. Tenho o privilégio de aprender todos os dias com quem colabora connosco e um dos meus objetivos é também poder de alguma forma contribuir para esse crescimento individual e coletivo como equipa de trabalho. Não é muito comum o ambiente que se vive no nosso espaço, uma grande cumplicidade, espírito de partilha e não esquecendo nunca os momentos de alegria e humor aqui vividos, porque trabalham aqui algumas personagens bem peculiares.

Como foi a experiência de se tornar um Dynamic Tape® Instructor? Quais os desafios que encontrou pelo caminho?

A experiência está a ser muito enriquecedora, por dois motivos essencialmente: Primeiro pelo facto de ter conhecido e convivido com o Ryan Kendrick devido à sua conceituada formação académica (Universidade Queensland) mas principalmente, por ter arriscado, planeado e criado esta nova abordagem terapêutica que nos permite gerir o perfil de carga que é imposto aos tecidos em disfunção. O segundo motivo prende-se essencialmente com o facto do Dynamic Tape® estar em constante crescimento bem como, por se basear em conceitos de biomecânica, fisiologia articular e raciocínio clínico que como referi, vem acrescentar/suprir necessidades terapêuticas e nunca substituir outra modalidade de "taping". Ou seja, trata-se de um conceito inclusivo (associação com outros tapes), complementar e sinto a responsabilidade de como Dynamic Tape® Instructor, contribuir para a planificação/execução de novas aplicações. Este é o maior desafio, o desafio que quero dirigir a todos que participarão nas formações: Diferentes backgrounds, diferentes experiências, formações profissionais permitem a execução de novas técnicas contribuindo cada vez mais para a utilização e adequação das técnicas às necessidades específicas de cada profissional de saúde.

Como concilia a sua vida pessoal com a profissional?

Considero que neste particular nem sempre o faço da melhor maneira. Estou a melhorar e já começo não planear tanto tudo o que faço na minha vida e projectá-la no futuro para, começar a ser mais espontâneo e às vezes menos racional naquilo que faço.

Uma curiosidade sobre si que nada tenha a ver com a fisioterapia.

Adoro desporto, pratiquei Karaté 4 anos e jogo futebol federado desde os meus 8 anos. Gosto de praia, acampar, caminhar sem destino e de pessoas com sentido de humor que consigam fazer os outros rir e acima de tudo que tenham a capacidade de rir de si próprios (considero que sou muito forte neste segundo aspecto). Tenho uma grande ligação pela cultura nipónica e faço questão de visitar o Japão.

Uma dica ou frase de inspiração para aqueles que gostariam de seguir os seus passos e ter um futuro em Fisioterapia?

Sempre penso em duas frases que tenho presentes e sumarizam aquilo que é um pouco a minha vida pessoal quer profissional: Remember that sometimes, not getting what you want is a wonderful stroke of luck - Dalai Lama e "Don’t let fear determine who you are and never let where you come from determine where you’re going" - Dewey Bozella.
Na minha opinião para atingirmos aquilo que queremos, mais do que nunca falhar, devemos responsabilizar-nos, assumir controlo activo da nossa vida (não culpabilizar os outros pelo nosso insucesso) e acima de tudo, como dizem as frases, nunca aceitar a nossa condição atual como uma fatalidade mas sim sempre capitalizar os maus momentos e crescer.

Partilhe em...