História de Sucesso | Conheça Pedro Fontes

Fique a conhecer Pedro Fontes, um verdadeiro exemplo de alguém que não estagnou e apostou sempre na sua evolução profissional para dar sempre mais e melhor aos seus utentes. Iniciou a sua formação na área do Desporto e Fitness, passou pela Fisioterapia e está neste momento a fazer uma pós-graduação/especialização na FMUP sobre “Reabilitação em Medicina do Exercício e do Desporto”. Leia e inspire-se!

Fale-nos um pouco de si.

O meu nome é Pedro Fontes e tenho 42 anos. Nasci e vivo no Porto. Desde cedo me interessei pelo desporto e essa paixão refletia-se nas minhas atividades de criança. De forma natural tornei-me atleta federado de futebol e de kick boxing. Com o desenvolvimento da minha vida académica tornou-se real a dificuldade em manter as duas atividades em simultâneo sem prejuízo de nenhuma delas. A escolha foi feita a favor dos estudos consubstanciada com a ocorrência de uma ou outra lesão legando para segundo plano a competição desportiva.
Com o final do 12º ano a minha formação orientou-se para a área do desporto mais concretamente na vertente da fisiologia, treino de força/cardiovascular e orientação de exercício físico em contexto de ginásio/academia/health club. Dando seguimento lógico a essa formação a minha atividade profissional relacionou-se durante muito tempo como atualmente se designa de “Técnico de Exercício Físico” exercendo essa atividade em prestigiados e conceituados locais da cidade do Porto o que me ajudou a crescer como profissional e a enriquecer os meus conhecimentos decorrente da partilha com outros profissionais de referência.
Mais tarde, e impulsionado pela necessidade de resposta a situações e condições observadas na decorrência da minha atividade profissional, as quais a formação na área desportiva não era capaz de responder com rigor, decidi procurar o conhecimento e ajuda para essas respostas numa licenciatura em fisioterapia. Durante esse período concomitantemente á licenciatura surgiu a oportunidade de dar um passo em frente profissionalmente tornando-me sócio e acumulando funções de gestão do que viria a ser o meu primeiro health club.
Não sendo fácil conciliar a formação académica com a atividade profissional, foi com especial prazer que terminei a licenciatura com excelentes resultados, reconhecidos com a atribuição de uma bolsa de mérito o que pessoalmente registo com agrado apenas pelo reconhecimento da dedicação e esforço realizado, especialmente durante esse período fazendo acreditar que vale a pena empenharmo-nos na persecução dos nossos objetivos por mais difíceis que pareçam de alcançar.
Após concluir a licenciatura fui convidado a manter-me na instituição de ensino como docente de uma unidade curricular o que, constituindo um novo desafio decidi aceitar pelo prazer de poder contribuir para a formação e pelo interesse na transmissão dos conteúdos.
Entretanto, profissionalmente, um novo projeto estava ser iniciado com a abertura de um Health Club com modelo e caraterísticas ligeiramente diferentes do primeiro.
Atualmente, ao nível académico, e aproveitando o valor recebido com a bolsa de mérito, estou a realizar uma pós-graduação/especialização na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto sobre “Reabilitação em Medicina do Exercício e do Desporto” desenvolvendo profissionalmente a atividade de sócio/gestão de um terceiro Health Club com um modelo mais aprimorado do que os dois anteriores tendo em conta, entre outros, a experiência acumulada.

Quando era adolescente, que profissão gostaria de ter no futuro?

Durante a infância e adolescência alimentava o sonho de ser jogador de futebol (do FCP de preferência!) sendo que o plano B seria vocalista de uma banda de música rock ou presidente da república ;)

O que o levou a interessar-se pela Fisioterapia?

Além do impulso inicial de encontrar respostas validadas cientificamente decorrentes da atividade, de valorização profissional e pessoal e de abrir novas possibilidades, contribuiu também o facto de durante o tempo em que praticava desporto ser acometido de lesões que me retiravam capacidades funcionais (desportivas e quotidianas) e me obrigavam a parar, impossibilitando-me de realizar as atividades que eu mais gostava e me davam prazer, causando grande impacto na minha qualidade de vida. Foi o recurso á fisioterapia que muitas vezes me devolveram essas capacidades e daí perceber a influência positiva e o impacto que um fisioterapeuta poderá ter na vida das pessoas, restituindo capacidades que tendo-as como garantidas só as valorizámos realmente quando as perdemos.

No seu percurso profissional quais foram as experiências que mais o marcaram?

A abertura e gestão dos dois últimos Health Clubs foram experiências importantes e marcantes ao nível profissional pela importância e magnitude dos projetos com a docência a despertar também um sentimento especial e diferente.

No âmbito da Fisioterapia, o que mais o marcou no seu percurso?

Numa disciplina que se relaciona e se desenvolve com e para as pessoas, as experiências marcantes surgem inevitavelmente pela interação entre o fisioterapeuta e o utente e na capacidade do primeiro em influenciar positivamente e marcadamente a vida do segundo. Neste aspeto a possibilidade de intervir em situações do foro neurológico onde se registavam défices mais marcados das estruturas e funções dos utentes, capacitando e restituindo capacidade e funções perdidas parcial ou totalmente, acompanhar e perceber o seu desenvolvimento e evolução, foram sem dúvida experiências muito gratificantes. São experiências que nos moldam a forma como perspetivamos a vida. O sentimento, nosso e do utente, após intervenções de sucesso faz-nos perceber realmente qual o motivo que nos fez optar pela reabilitação. Tudo isto só pode ser possível com profissionais responsáveis, capacitados e tecnicamente competentes que coloquem essas aptidões ao serviço de quem do outro lado espera um profissional habilitado para a função e que lhe forneça a melhor intervenção clínica a que tem direito. Neste contexto foi durante o estágio do último ano da licenciatura realizado no CHP - Hospital St. António, Serviço de Reabilitação Física – Internamento, onde, sendo a grande maioria dos casos neurológicos graves, tive o prazer e a oportunidade de vivenciar experiências marcantes.

Neste momento é gestor do ginásio Urbanfit. O que o levou a criar o seu próprio negócio?

Creio ter sido um processo natural dando sequência ao desenvolvimento da atividade neste setor e da melhor interpretação do mesmo. O aumento do conhecimento sobre a dinâmica do setor do fitness, assumir uma posição atenta e sensível às necessidades e oportunidades das pessoas e de negócio. A análise cuidada e contextualizada das caraterísticas e tendências regionais, nacionais e internacionais. Acreditar no reconhecimento da oferta de um serviço que acrescenta valor e qualidade à vida das pessoas sem necessidade de esforço financeiro acentuado, flexibilizando e diversificando a oferta.

Já participou em algumas formações Bwizer. Quais as que mais o marcaram e que partido tira delas atualmente?

Na verdade foram várias as formações que já realizei na Bwizer e todas elas corresponderam ao meu grau de expectativa, acrescentando conhecimento e valor. Muitas delas com aplicação prática e úteis no dia-a-dia. Atualmente devido á dualidade de interesses não consigo potenciar e explorar outras formações pela prática clínica estar limitada.

Como concilia a sua vida pessoal com a profissional?

Infelizmente os dias só têm 24 horas….A exigência das diferentes atividades por vezes retiram tempo de qualidade à vida pessoal, exigindo maior disponibilidade, capacidade de organização e sensibilidade no estabelecimento das prioridades do dia-a-dia. Com isso surge também a consciência da necessidade de numa atitude profilática para potenciar e maximizar o desempenho e os resultados, reservando a nós mesmos momentos com as pessoas que nós gostamos e que gostam de nós para que nos afastemos do ritmo frenético das tomadas de decisão e consigamos um estado emocional favorável para prosseguir depois sem qualquer tipo de ruído psicológico e com o discernimento e energia positiva necessária. Como é natural, quando gostamos e retiramos prazer daquilo que fazemos as coisas ficam muito mais fáceis.

Uma curiosidade sobre si que nada tenha a ver com o desporto ou a fisioterapia.

Saindo do mundo do desporto e da fisioterapia não me considero um excêntrico. Relativamente a gostos e hobbies partilho aqueles tidos como lugares comuns como o gosto de viajar e conhecer novos lugares, novas gentes e culturas, um bom filme, discursos e ideias novas e inteligentes, boa gastronomia….

Uma dica ou frase de inspiração para aqueles que gostariam de seguir os seus passos? Tanto no Desporto, como na Fisioterapia?

Parafraseando uma expressão conhecida:… ”Sucesso antes do trabalho só no dicionário…!”. Considero ser importante determinarmos objetivos a alcançar, admitindo que em determinadas fases da vida ainda não sejamos capazes de os identificar com clareza e segurança. Manter a objetividade e uma atitude perseverante com capacidade de trabalho e sacrifício e não esmorecer ao mínimo obstáculo ou contrariedade durante esse caminho. Acreditar em nós próprios, na nossa originalidade, nos nossos princípios e educação, não optando por caminhos fáceis e comportamentos cómodos, padronizados e vulgares. Assumindo isto, temos que acrescentar não ter receio de inovar, arriscar, pois com os pressupostos enumerados neste e nos pontos anteriores o risco diminui consideravelmente.