Conheça Tiago Silva, fisioterapeuta e empreendedor! Criou o seu próprio gabinete em Vila do Conde, a terra onde sempre viveu, porque tem por objetivo fornecer cuidados de saúde de excelência, em particular de Fisioterapia. Descubra a história de sucesso do Tiago nesta excelente entrevista. Mais uma história para se inspirar!
Fale-nos um pouco de si.
O meu nome é Tiago Silva. Tenho 28 anos de idade e moro em Vila do Conde, como sempre, e espero continuar por cá.
Terminei a minha licenciatura em 2012, na Universidade Fernando Pessoa, e desde Dezembro do mesmo ano que iniciei a minha prática clínica.
Neste momento, o tempo livre não abunda e, por esta razão, não sobra muito tempo para hobbies, mas sempre que posso tento fazer desporto, ler e estar com os amigos.
Não sou casado, mas considero-me como tal, pois já tenho uma relação de 6 anos com a minha companheira com quem partilho tudo da minha vida e até a clínica que temos neste momento.
Quando era adolescente, que profissão gostaria de ter no futuro? Sempre sonhou em ser Fisioterapeuta?
Enquanto adolescente, sempre fui fascinado por futebol. Tinha o sonho de vir um dia a ser profissional. Joguei dos 8 aos 21 e passei por clubes como o Rio Ave, Varzim e Esposende, entre outros. Escusado será dizer que o do coração é o da terra, claro.
Por esta ordem de ideias, não fui jogador de futebol, mas fui para desporto e educação física. No mesmo dia, percebi que não era nada daquilo que queria e decidi me por fisioterapia, porque de forma indireta, podia estar ligado ao desporto.
Quando tive a minha primeira aula de anatomofisiologia, o click fez-se de forma definitiva e percebi que era o caminho certo. Só não era no desporto.
O que a levou interessar-se pela Fisioterapia?
A fisioterapia é um mundo fascinante. É muitas vezes desvalorizada pelo sistema, o que faz com que os profissionais (fisioterapeutas) sejam reduzidos ao mínimo que podem fazer.
A fisioterapia é muito mais que uma prescrição, muito mais que aplicar calor ou fazer massagem. O fisioterapeuta deve tratar o corpo como seu, pensar e respirar cada pessoa que trata como um todo e não se preocupar só com as partes. Deve se interessar pela alma da pessoa e não só pela estrutura. O corpo é muito mais do que aquilo que conseguimos ver. É realmente preciso vê-lo com as mãos. Isto é que me faz todos os dias interessar-me pela fisioterapia.
No seu percurso profissional como Fisioterapeuta, quais foram as experiências que mais o marcaram?
Nesta área, é difícil escolher algumas experiências marcantes. De 45 minutos em 45 minutos entram pessoas diferentes no meu gabinete, cada uma com a sua história, receios, maneira de estar na vida. Para quem ama a profissão como eu, cada uma dessas pessoas é marcante, pois deposita toda a sua confiança em nós, muitas vezes como último recurso, depois de já estar com dores há anos. Portanto, o que posso considerar marcante é o dia em que a pessoa deixa de precisar de mim!
O que o levou a abrir o seu próprio gabinete? Fale-nos um pouco desse desafio.
No meu caso, nunca foi uma hipótese não o fazer. Nos estágios da faculdade nunca me identifiquei com o sistema que é aplicado. Sempre achei muito redutora e demorada a recuperação do utente e queria fazer diferente.
No início, não tinha possibilidades nem clientes para abrir o meu próprio gabinete. Então, procurei um local que tivesse um espaço que eu pudesse utilizar e encontrei esse espaço num cabeleireiro no centro de Vila do Conde. Foi aí que montei o meu primeiro gabinete. Tinha 10m2 e era difícil andar à volta da marquesa para trabalhar, mas dava para o gasto.
As coisas foram evoluindo na sua toada normal e pouco tempo depois senti necessidade de um espaço maior, tendo mudado para uma clínica local, onde explorei um espaço no interior da mesma, mas com o meu nome, tendo montado assim o meu segundo gabinete.
Mais uma vez, passado 1 ano, a necessidade de um espaço maior voltou a bater à porta. Foi aí que decidimos, eu e a minha companheira, abrir uma clínica, que é onde estamos neste momento. Tem 200 m2, 4 gabinetes e um pequeno ginásio. De momento, colaboram comigo 8 pessoas, entre fisioterapeutas, nutricionistas, podóloga, professor de educação física e rececionista.
A necessidade de fazer diferente e o querer fazer com que a fisioterapia seja uma opção de qualidade foram as principais razões que me fizeram avançar.
Já participou em algumas formações Bwizer. Quais as que mais o marcaram e que partido tira delas atualmente?
Considero que todas foram e são importantes e que, de certa forma, me enriqueceram. Contudo, Osteoetiopatia tornou-se a base do meu trabalho. Acho que isso atesta a importância deste curso.
Como concilia a sua vida pessoal com a profissional?
A vida profissional ocupa-me 12 horas de trabalho diário, incluindo a gestão da empresa, reuniões com colaboradores, artigos para jornais e gestão do Facebook. A semana passa a correr e não há grande tempo para descansar.
Esta é uma fase em que tudo acontece muito depressa e temos mesmo que dedicar quase a totalidade do nosso tempo ao trabalho. É realmente preciso estar muito presente e focado para atingir os objetivos a que nos propomos diariamente e não é nada fácil porque, quem corre por gosto, também cansa.
De qualquer maneira, há sempre o fim de semana para relaxar um bocadinho e equilibrar as coisas, pois temos mesmo que estar disponiveis para trabalharmos bem.
Uma curiosidade sobre si que nada tenha a ver com a fisioterapia.
Sou diabético tipo I (insulinodependente), desde os 8 anos. Tenho poucas lembranças do tempo em que não era um doente crónico. Abordei este tema porque quero passar a mensagem de que é possivel "nós" termos uma vida completamente normal e fazermos tudo o que quisermos, com algumas restrições, sobretudo alimentares.
No entanto, comer bem é um prazer e se nos habituarmos a isso, conseguimos controlar perfeitamente a doença e, ao mesmo tempo, gostar disso. Sempre pratiquei desporto com níveis de intensidade altos e a diabetes não foi um impedimento. Sempre tive o meu grupo de amigos e a diabetes não foi um impedimento. Fiz a minha licenciatura e continuo a evoluir na vida todos os dias e tenho a doença como companheira e amiga até ao fim.
Uma dica ou frase de inspiração para aqueles que gostariam de seguir os seus passos.
Estudem muito. Pratiquem muito. E quando acharem que ja estão confortáveis façam tudo outra e outra e outra vez, pois só assim conseguem evoluir. Desafiem-se diariamente.
Façam formação pela Bwizer que é, sem dúvida, um excelente parceiro.
Um abraço,
Tiago Silva
Facebook: www.facebook.com/FisioterapiaTiagoSilva