Ainda dentro do útero da mãe, os bebés podem assumir posições viciosas e, aquando do parto, sofrem também algumas pressões com a passagem no canal vaginal. Se estas forem excessivas, poderão resultar em disfunções e assimetrias que, apesar de normalmente não serem lesões graves nem visíveis, alteram o funcionamento normal do organismo, causando sintomatologia.
Neste contexto, a intervenção com osteopatia pediátrica pode ser fundamental, especialmente quando enquadrada numa abordagem global e integrada à criança.
A Osteopatia Pediátrica oferece uma enorme diversidade de técnicas manuais que permitem avaliar e intervir em patologias e quadros clínicos tais como deformações cranianas, cefaleias, cólicas, bronquiolite, torcicolo congénito, escoliose, luxação congénita da anca, otites, entre muitos outros.
Assim, é fácil compreender a necessidade de realizar um diagnóstico e uma intervenção precoce, através de técnicas de mobilizações específicas e suaves, diferentes do tratamento para adultos, com vista a atingir o equilíbrio das tensões ao nível dos diferentes tecidos e da mobilidade ótima as várias regiões do corpo.
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Também quadros como as alterações do sono são bastante comuns em alguns bebés e podem denotar uma desregulação de algum dos seus sistemas.
Com efeito, a Osteopatia Pediátrica, engloba técnicas que podem ajudar a estimular o sono.
O tratamento das alterações do Sono com o uso da terapia manual é uma opção, na qual a mobilidade é estudada e devolvida quando ausente. Através das mãos, do tato, da sensibilidade do terapeuta são constatados bloqueios ou alterações no movimento, durante a avaliação manual, podendo ser assim devolvido o equilíbrio e mobilidade.
Veja um exemplo de uma técnica de Osteopatia Pediátrica utilizada nas alterações de sono, realizada pela fisioterapeuta e osteopata Sofia Milhano.
CV: Sofia Milhano é licenciada em Fisioterapia pela Escola Superior de Saúde Vale do Sousa, Osteopata pela EOM e atualmente está a frequentar o Mestrado em Medicina Tradicional Chinesa no ICBAS.