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Publicado a 22/04/2018

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Pedro Simão

Líderes do Fitness Pedro Simão (Bwizer Magazine – 2ª ed.)

Pedro Simão

Esta entrevista fez parte da 2ª edição da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

 

“Líderes do Fitness” é um novo projeto que almeja escutar a voz das primeiras linhas de decisão das empresas do setor do fit­ness. Queremos dar a conhecer o que de bom se faz em Portu­gal num setor de atividade de relevância crescente. Queremos partilhar as suas histórias e reflexões.

Demos o pontapé de saída com uma conversa com o Pedro Simão, General Manager da Fitness Factory Portugal, a primei­ra marca de Fitness Smart Cost Portuguesa, que hoje já tem 8 clubes: 4 próprios e 4 em regime de franchising.

O Pedro é licenciado em Educação Física e Mestre em Exercí­cio, Saúde e Biomecânica pela FMH. É também Pós-graduado em Gestão de Ginásios e Health Clubs pela Universidade Lusó­fona. Tem experiência na área do exercício, ensino e formação profissional, mas nesta entrevista focamo-nos essencialmente na sua visão sobre a realidade portuguesa do fitness e no seu modelo empresarial. Aqui ficam alguns highlights, toda a entre­vista está disponível em bwizer.com/lideresdofitness

 

Como vê o crescimento do mercado do fitness em Portugal? E sustentável?

O nosso mercado tem muito para crescer e todos os que te­nham um posicionamento definido e uma identidade vão ter o seu lugar. É um mercado que lá fora continua a crescer e a diferenciar-se e que ainda tem muito para evoluir.

 

Este crescimento do mercado deve-se a quê? A mais oferta ou a mais procura?

É a galinha ou o ovo. Neste caso, há mais galinhas e mais ovos. E isto muito porque há alguns anos o aparecimento do low cost abriu a prática de atividade física a mais pessoas e desmistificou um pouco aquilo que são os ginásios. As pessoas tornaram-se mais donas da sua decisão – o facto de ter aparecido uma oferta diferente, neste caso o low cost, veio criar mais praticantes.

 

ENTREVISTA COMPLETA AQUI »

Para além da redução da barreira preço, haverá alguma mudança nos hábitos das pessoas que ajude a explicar esta aumento da procura, para não dizer massificação, da prática de exercício físico?

Claro que sim. As pessoas consciencializaram-se que a ativi­dade física é essencial para o seu bem-estar geral e até pro­dutividade. A juntar a isto, também a adoção de outros hábitos como a alimentação equilibrada, levou a que as pessoas se qui­sessem manter mais em forma e serem mais saudáveis. Penso que foram estas duas coisas em conjunto que fizeram com que o mercado aumentasse e esteja a crescer de forma brutal. E isto não é mais nem menos que o reflexo do que se passa fora de Portugal.

 

A mudança no paradigma dos clientes dos ginásios exige uma abordagem diferente por parte dos profissionais e empresas?

Há uma grande diferença entre os profissionais que atuam nes­te mercado hoje e os de há 10, 15 ou 20 anos atrás. Se antes, grande parte destes profissionais eram pessoas que gostavam de exercício, que tinham experiência enquanto praticantes e que depois iam passando para o lado mais profissional, hoje isto já não se verifica. Felizmente temos assistido a uma pro­fissionalização do nosso mercado e hoje os clientes reconhe­cem que quem está a trabalhar com eles é cada vez é mais conhecedor técnica e relacionalmente e consegue apresentar melhores soluções. Acho que esta é uma grande mudança: o aumento do número de profissionais e o aumento da qualidade e quantidade de formação que têm é um factor importante para que as pessoas acreditem, se sintam mais seguras e tenham mais e melhores resultados.

 

Num negócio em que cada vez existe mais tecnologia aplicada, o factor humano ainda é o mais crítico? Sabemos que está ligado às aulas virtuais – o que é isto?

Este continua a ser um negócio de pessoas para pessoas. A utilização da tecnologia é apenas uma ferramenta auxiliar, não resolve nenhum problema. […] A aula virtual é, do nosso ponto de vista, um complemento à oferta de aulas porque entende­mos que devíamos rentabilizar mais a nossa operação ao ní­vel dos estúdios, pois verificamos que 30 a 60% dos mesmos estavam desocupados durante o dia. […] As aulas virtuais só fazem sentido se tiverem sido previamente preparadas para o efeito - estamos a falar de uma aula gravada cujo feedback foi pensado tendo em vista os principais erros que os seus poten­cias alunos cometerão, com uma boa qualidade e amplitude de som e imagem.

Temos clubes muito fãs de aulas virtuais e temos outros, so­bretudo com uma população mais madura e mais resistente à mudança, nos quais foi mais difícil introduzir estas aulas. Mas sobretudo quando entramos em mercados mais jovens em que as pessoas estão ávidas de novos produtos e soluções, estas estão mais abertas a novas experiências. E quando essas ex­periencias são positivas, tornam-se fãs.

 

Fale-nos um pouco deste projeto empresarial.

O grupo começou em 2007, nas Caldas da Rainha, com um ginásio com características wellness com máquinas, aulas, sauna e banho turco. E, ao longo de alguns anos, até 2015, foi esta a nossa atividade principal. Em 2015 achamos que para além disto, poderíamos fazer mais. E este “fazer mais” foi preparar um produto low cost, ou melhor um smart cost, que desse resposta àquilo que achávamos que era uma la­cuna no nosso país. Nas grandes cidades estavam a desen­volver-se os low cost (por uma questão de taxa de penetra­ção e densidade populacional), mas segundo a nossa visão poderia fazer sentido construir um produto que as cidades de pequena e média dimensão pudessem absorver. Então preparámos um low cost para as pequenas e médias cida­des – o Fitness Factory.

 

A 1ª unidade da Fitness Factory foi lançada em 2015 – como e com que objetivos?

Nós planeámos, mas tivemos de ajustar tudo. O bom da planificação é que permite ajustar [risos]: não navegámos à vista, mas tivemos de afinar aquilo que estava preparado. […] A 1ª oportunidade para abrir foi na nossa cidade. E foi uma decisão rápida de cerca de 4 meses: já tínhamos o pro­duto “construído”, íamos abrir numa outra cidade maior, mas como surgiu esta oportunidade mudamos os nossos planos […] e testamos um clube mais pequeno; isto também serviu de teste de stress! Não sabíamos como é que num pequeno clube de apenas 500m2 íamos conseguir ter uma taxa de rentabilidade de 25% - que era o nosso grande objetivo. Foi um verdadeiro teste e felizmente resultou. Desde o final do 1º ano temos, de forma consistente, mais de 1000 clientes ativos. E com isto confirmamos que este produto era repli­cável, mesmo em cidades com concorrência e mesmo em espaços pequenos.

Conheça o resto da história da Fitness Factory, pela voz de Pedro Simão, em bwizer.com/lideresdofitness

CV: General Manager Fitness Factory

Fonte: Consulte a 2ª edição da Bwizer Magazine

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