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Publicado a 29/04/2019

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Manipulação das extremidades: efeito da manipulação da articulação tibiofibular proximal e distal na amplitude e função do tornozelo em indivíduos com instabilidade crónica de tornozelo

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Será a manipulação das extremidades uma técnica eficaz na diminuição da dor, normalização da amplitude de movimento e cinemática de uma articulação?

Para responder a esta questão vamos analisar o que nos diz o artigo "Effects of a Proximal or Distal Tibiofibular Joint Manipulation on Ankle Range of Motion and Functional Outcomes in Individuals With Chronic Ankle Instability".

Este estudo de 2012 escrito a partir de um ensaio clínico randomizado teve como objetivo determinar se a manipulação da articulação tibiofibular proximalou distal alteraria a amplitude de movimento de dorsiflexão do tornozelo, bem como os resultados funcionais ao longo de um período de 3 semanas, em indivíduos com instabilidade crónica do tornozelo.

Com efeito, a ciência diz-nos que a inibição muscular persistente dos músculos fibular longo e solear, assim como a artrocinemática alterada da articulação, pode desempenhar um papel na instabilidade crónica do tornozelo.

Para este ensaio, quarenta e três sujeitos foram randomizados para um dos três grupos: manipulação tibiofibular proximal, manipulação tibiofibular distal ou grupo de controlo.

 

Que resultados foram obtidos?

  • O grupo de manipulação da articulação tibiofibular distal demonstrou um aumento significativo na relação H/M do solear em todos os períodos de tempo pós-intervenção, exceto 20 min pós-intervenção.
  • Já os grupos de manipulação e controlo da articulação tibiofibular proximal não demonstraram uma alteração nas proporções H/M do solear.
  • Todos os grupos demonstraram uma diminuição dos valores basais nas relações H/M do fibular longo (10-30 min pós-intervenção) e do solear (30 min pós-intervenção).
  • Intervenções direcionadas à articulação tibiofibular distal agudamente aumentam a ativação do músculo solear.

Recordemos que o objetivo deste estudo foi determinar a mudança na ativação do fibular longo e solear após a manipulação da articulação tibiofibular em indivíduos com instabilidade crónica do tornozelo.

Assim, foi demonstrado que a mobilização articular melhora o movimento articular do tornozelo, mas os efeitos sobre a musculatura circundante são desconhecidos.

 

Nota: Foi usado um modelo misto two-way ANOVA para comparar as mudanças na razão entre o máximo "H-reflex" e a máxima "M-wave" (relação H/M) do fibular longo e solear entre os grupos e ao longo do tempo (pré, pós 0, 10 20, 30 min)

 

Para ler o artigo na íntegra, clique AQUI!

Fonte:

Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy, 2012 Volume:42 Issue:2 Pages:125–134 DOI: 10.2519/jospt.2012.3729 (https://www.jospt.org/doi/full/10.2519/jospt.2012.3729)

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