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Publicado a 07/03/2019

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Maria João Alvito

Massagem do Bebé: uma comunicação de afetos | Por Maria João Alvito

Maria João Alvito

O contacto tátil é uma forma de comunicação, comum às espécies, culturas, géneros e idades. A qualidade do ato de tocar, desde o período intrauterino e ao longo do crescimento, é um elemento fundamental do desenvolvimento humano, promovendo benefícios de ordem fisiológica, emocional e social.


A pele transforma estímulos físicos em comunicadores químicos e em estados psicológicos; possibilita a geração de imagens mentais, emoções e sentimentos. Um toque terno produz a sensação de apoio e carinho.

Um toque rude produz sensações de rejeição e medo. O toque faz da pele uma ponte de intenso tráfego, partilhada por todos os sentidos, de encontros visíveis e invisíveis.

A massagem do bebé sempre existiu em várias culturas, como encontro de pais-filhos e expressão do cuidar dos elos afetivos mais próximo ao bebé.

Ao longo do crescimento humano deixamos, com saudade, o colo da mãe, o aconchego do abraço do pai ou as festas de um irmão mais novo. Na memória da nossa pele guardamos histórias repletas de afetos, amores e desenganos. Já pensámos na importância do contacto tátil desde que nascemos?

O sentido mais significativo

nascimento de um bebé acontece muito antes da data de parto. Nomeadamente o sistema tátil, aquando da gestação intra-uterina, é o primeiro dos sistemas sensoriais a tornar-se funcional. Muitos chamam-no a “mãe dos sentidos”.

A nossa pele tem a mesma origem embrionária do sistema nervoso central – a ectoderme; como tal, podemos considerá-la como prolongamento desse sistema central. As experiências epidérmicas são automaticamente integradas/organizadas pelo sistema nervoso.

A função organizadora da mãe é o primeiro elo de ligação do bebé com o meio que o rodeia. No útero, o bebé está abraçado pelas paredes uterinas – o seu limite exterior; dentro do saco amniótico, a uma agradável temperatura, vai sentindo as massagens do líquido aquando dos movimentos corporais da mãe. O bebé mexe-se, leva a mão à boca, explora e descobre o seu corpo. O bebé apresenta um leque de capacidades sensoriais e motoras que se revelam desde o nascimento, através das diversas interações que estabelece com o meio envolvente e seus elos afetivos. O tato é, pois, o sentido mais significativo que possuímos para comunicar quando nascemos.

 

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CV: Maria João Alvito é licenciada em Fisioterapia e até ao momento realizou mais de 200 cursos para profissionais de saúde e educação em Portugal e no estrangeiro. De salientar que tem desenvolvido formação na área da Saúde da Mulher e Educação Parental em diversos países.

Fonte: Revista Saúde Infância (fev 2014)

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