Este artigo fez parte do Número 6 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.
Expor o método Mézières em poucas linhas é sempre algo difícil e limitativo, pois a sua aplicabilidade é de uma abrangência tal que nos possibilita múltiplas perspetivas. Apaixona pela forma como se obtém os resultados e pela coerência da sua prática. É uma ferramenta de trabalho imprescindível a qualquer fisioterapeuta que queira aprofundar o seu saber e a sua experiência nos vários campos do âmbito da fisioterapia, sendo, no entanto, de execução laboriosa e persistente.
Antes de apresentar a técnica, começo por uma breve retrospetiva histórica do percurso realizado! Foi enquanto estudante de fisioterapia na Escola Técnica dos Serviços de Saúde do Porto (ETSSP) que me fui apercebendo da importância de uma crescente dignificação da fisioterapia, relativamente às restantes áreas da saúde, tendo como base o doente/paciente, no centro da atuação. Quero prestar publicamente o meu agradecimento às várias colegas coordenadoras e colaboradoras dos cursos de fisioterapia que, no início dos anos 80, deram tudo de si, com as limitações e dificuldades da época, para que a formação de fisioterapeutas, na altura alargada a Norte do país, tivesse a mesma, senão melhor qualidade que a escola mãe, Alcoitão, e que nos ajudaram a ser melhores profissionais!
No início dos anos 90, enquanto frequentava diversas formações pós curso base, tive a oportunidade de me cruzar com um colega que me falou do método Mézières! A partir desta altura, invadiu-me um forte sentimento de curiosidade, facto que me levou a procurar num curto espaço de tempo, a concretização deste desejo. Após um período de planeamento, surge a materialização desse anseio no Verão de 1993, em Paris, com Jean-Marie Drouard!
O primeiro contacto com a técnica e com o formador, foi de uma grande perplexidade diante de todos os conteúdos anteriormente adquiridos. Surgiram dúvidas, mas ao mesmo tempo um fascínio pela observação dos resultados obtidos em poucas sessões de tratamento, o que não era habitual no meu trabalho quotidiano!
Já em Portugal, tive a oportunidade de por em prática a “revolução” Mézières que apenas tinha principiado e que o entusiasmo me levava a contar a todos os colegas com quem ia contactando!
Um alargar de horizontes conceptuais, um desmoronar de preconceitos profissionais nos anos que se seguiram, incompreensões, medo, desconfianças... Logo nos anos imediatamente a seguir, Jean-Marie veio a Portugal apresentar este método. E desde aí sobre o qual tem vindo regularmente dar formação a diversos fisioterapeutas e em várias cidades do país, colaborando pontualmente com diversas escolas de fisioterapia.
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