Este artigo fez parte do Número 6 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.
As vias descendentes da dor são estruturas importantes na modulação e controlo da mesma, uma vez que têm a capacidade de inibir ou facilitar a transmissão de informação nociva ao nível do corno posterior da medula espinal (ME). A modulação condicionada da dor (MCD) tem sido amplamente utilizada na área da investigação, medindo/avaliando com maior precisão a função das vias descendentes da dor.(2);(12)
Baseia-se no fenómeno “dor inibe dor”, ou seja, se o sistema inibidor endógeno descendente estiver íntegro, através da aplicação de um estímulo doloroso (A) existe um efeito inibitório sobre outro estímulo doloroso (B)(8);(10);(12).
Um estudo realizado nos Estados Unidos da América mostra que a MCD consegue predizer a magnitude de redução da dor após a realização de exercício isométrico em indivíduos considerados saudáveis, ou seja, quem tem uma grande capacidade em ativar as vias de inibição de dor tem menor probabilidade de experienciar dor após a realização de exercício isométrico(6). Além disso, e sendo expectável, verificaram ainda que pessoas de mais idade (+/- 70 anos) apresentam uma diminuição da MCD e, portanto, menor capacidade em controlar a dor.(6)
Um objetivo transversal a todos os Fisioterapeutas é permitir que os nossos utentes consigam aumentar os limiares e a tolerância à dor, fazendo com que estes consigam realizar movimentos e assumir posturas sem experienciar nocicepção e consequentemente dor.
Neste artigo iremos abordar especificamente o trabalho isométrico, um subtipo de exercício clínico muito utilizado como método de tratamento em condições agudas e principalmente crónicas. Existem bastantes dúvidas, no que toca aos mecanismos responsáveis pela hipoalgesia induzida pelo exercício isométrico (HIEI), nomeadamente o aumento de beta-endorfinas na corrente sanguínea, recrutamento de maiores limiares de unidades motoras (sobretudo em contrações musculares mais intensas), ativação do sistema endocanabinóide, entre outras, sendo que, a MCD através da ativação de mecanismos inibitórios supraespinais pode ser um dos fatores que pode explicar a HIEI.
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CV: Licenciado em Fisioterapia e Mestre em Fisioterapia no ramo das Disfunções Músculo-Esqueléticas. Atualmente é Fisioterapeuta e Responsável Clínico no gabinete “Fisioterapia, Terapia Manual Ortopédica”.
Fonte: Consulte o número 6 da Bwizer Magazine