Foi criado o primeiro banco de cérebros de Portugal que fica no Hospital de Santo António, no Porto, e já teve oito doações. Ricardo Taipa, Neurologista de 35 anos, e Manuel Melo Pires, de 60 anos, também neurologista e neuropatologista são os coordenadores deste projeto.
No Banco Português de Cérebros (BPC) há já oito cérebros doados, nos últimos dois anos, durante o projecto-piloto que levou à criação e apresentação pública deste banco, há cerca de três semanas. O objetivo da entidade é, esclarece Melo Pires, “coleccionar tecido cerebral de indivíduos com doenças neurológicas bem definidas” que pode depois ser cedido para investigação, em Portugal ou no estrangeiro.
Patologias como as de Alzheimer e Parkinson, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), a Epilepsia e a Paramiloidose — mais conhecida por “doença dos pezinhos” — podem vir a beneficiar dos tecidos que o BPC caracteriza e conserva, e a partir dos quais os seus coordenadores e outros médicos podem investigar. “Vamos conseguir estudar alterações cerebrais em doentes com paramiloidose”, revela Melo Pires. “Estamos a criar agora as fundações de algo que poderá ter um retorno realmente importante numa década, ou mais”, reflecte Taipa. “Por cada resposta há mais dez perguntas.”
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fonte: Público