Este artigo fez parte do Número 14 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.
A dor neuropática é uma lesão do sistema nervoso, que existe para além do tempo e da sua causa, sendo uma entidade de diagnóstico e tratamento complexos, especialmente por ser, ainda hoje, dificilmente reconhecida como dor, a começar pelos próprios doentes e família, o que leva a um atraso significativo no seu tratamento.
A enfermagem, pela sua proximidade ao utente, tem um papel fundamental no reconhecimento e avaliação precoces, reconhecendo os descritores mais comuns e acompanhando o doente neste processo de tratamento que é normalmente longo no tempo e com consequências negativas que interferem na qualidade de vida e muitas vezes até na autonomia do próprio.
A Dor neuropática é uma entidade clínica multidimensional e heterogénea, que surge e/ou permanece após lesão do sistema nervoso e que é mantida no tempo por processos de condução aberrantes, tendo expressão quer no sistema nervoso central, quer no sistema nervoso periférico, sendo por isso considerada sempre uma dor patológica e sem significado fisiológico.
A Direção Geral de Saúde na norma emitida em 2011 e atualizada em 2017 diz que “a Dor Neuropática é um problema de saúde pública, estimando-se que a prevalência (…) seja superior a 5% na população geral, e de 8% na população europeia” 1 e num estudo publicado em 2001 conclui-se que para além da intensidade da dor, esta tem um impacto muito significativo na qualidade de vida dos pacientes, já que a dor neuropática presente interfere diretamente com a qualidade do sono provocando dificuldades em adormecer ou manter-se a dormir, aliado à falta de energia, sonolência diurna, dificuldade de concentração e com impactos diretos na situação profissional em 52% dos pacientes.3
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Este artigo fez parte do Número 14 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.
CV: Albina Dias, enfermeira desde 2001, fez a sua formação na Escola Superior de Enfermagem D. Ana Guedes. Após concluir a sua formação deu os primeiros passos no Internamento de Cirurgia Geral – CHVNGE desde 2001 até 2010, assumindo um papel de destaque e grande responsabilidade enquanto Enfermeira.