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Publicado a 11/11/2021

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Pedro Martins Farinha

Pesquisa e interpretação de red flags de patologia grave da coluna na vertebral | Por Pedro Martins Farinha (Bwizer Magazine)

Pedro Martins Farinha

Este artigo fez parte do Número 15 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

A identificação de patologia grave em pacientes com queixas musculoesqueléticas, no geral, e da coluna vertebral, particularmente, trata-se de um processo complexo, que exige uma abordagem multidimensional e, simultaneamente, personalizada do paciente. Neste sentido, a identificação de red flags integra um leque de competências de investigação do utente com sintomatologia atribuível à coluna vertebral, nas quais se incluem os dois alicerces da avaliação clínica: a anamnese detalhada e o exame objetivo pormenorizado, embora conciso, que deverá ser estrategicamente orientado pelo relato do paciente. Entendem-se, assim, por red flags os fatores, sintomas e sinais de risco que poderão orientar as queixas do doente para um diagnóstico de patologia potencialmente grave.

A pesquisa criteriosa e a interpretação de red flags é atualmente uma ferramenta amplamente divulgada como estratégia orientadora nas recomendações clínicas para identificação de patologias potencialmente graves da coluna vertebral, nomeadamente de síndrome da cauda equina, fraturas, infeções e tumores.

Apesar da sua crescente divulgação e de ser exercício de constante investigação, importa realçar a existência de escassa uniformidade nas orientações clínicas. Esta inconsistência pode, por um lado, promover abordagens excessivamente defensivas com prescrição de exames complementares desnecessários e, por outro, na ausência de red flags selecionáveis numa recomendação menos minuciosa, motivar sensação de falsa segurança de inexistência de patologia grave.

Assim, pesquisar red flags é uma tarefa complexa e que exige preparação dos profissionais de saúde, entendendo-se como uma necessidade emergente para o domínio clínico das profissões desta área, nomeadamente dos fisioterapeutas. Tratase efetivamente de um desafio que aborda um exame objetivo mais direcionado ou questões tipicamente mais invasivas para o paciente como, por exemplo, na investigação de sintomas de incontinência urinária ou fecal num indivíduo com suspeita de compressão metastática da coluna vertebral ou uma síndrome da cauda equina. Deste modo, a existência de uma aliança terapêutica forte é um alicerce essencial à sua aplicação prática, baseada numa abordagem colaborativa e na capacitação da pessoa através do fornecimento de informação à mesma e assegurando elementos de suporte, nomeadamente familiares.

 

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PS: Se tiver alguma dificuldade em aceder à revista, volte a tentar numa Nova Janela de Navegação Anónima - dessa forma não existirão barreiras à sua evolução.

Este artigo fez parte do Número 15 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

CV: Pedro Martins Farinha é Fisioterapeuta e estudante do Mestrado Integrado em Medicina. Conta já com vasta experiência clínica e de investigação em Ortopedia e Traumatologia, destacando-se várias publicações nesta área, pela qual é apaixonado.

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