Uma descoberta de uma investigadora portuguesa publicada, recentemente, na prestigiada revista científica Science, pode vir a contribuir para melhorar a regeneração de neurónios em humanos. Esta descoberta poderá trazer um verdadeiro impacto no que toca ao tratamento das lesões cerebrais.
Joana Barbosa, da Universidade de Coimbra, descobriu que as células estaminais neurais (ou "CEN") se convertem diretamente em neurónios, o que leva a que com o processo de envelhecimento ou em caso de danos no cérebro, o número de células disponíveis se esgote.
"As CEN não geram continuamente neurónios ao longo do tempo, como se assume, mas apenas um número limitado. A população de células estaminais neurais é consumida aos poucos porque as células são convertidas diretamente em neurónios sem qualquer divisão", explica a investigadora. “Esta descoberta contradiz a visão atual de que as CEN geram neurónios novos ao mesmo tempo que mantêm a sua própria população".
A cientista observou que, "no cérebro intacto do peixe-zebra, as CEN raramente se dividem e, quando o fazem, a divisão realiza-se assimetricamente, dando origem a uma célula que produz neurónios (chamada 'progenitora neural') e a uma CEN".
"No entanto, após uma lesão cerebral, as progenitoras migram para o local danificado e as CENs alteram o modo de divisão, repartindo-se simetricamente e originando duas progenitoras que aumenta, dessa forma, a produção de neurónios", esclarece Joana Barbosa.
Segundo a cientista portuguesa "a produção de neurónios após lesão resulta num decréscimo de CEN, sendo que a manutenção destas células poderá ser a chave para uma regeneração neuronal no longo termo".
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Fonte: boasnotícias.pt