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Publicado a 22/06/2020

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Rogério Pereira

Prevenção de Lesões Desportivas – Notas Soltas | Por Rogério Pereira (Bwizer Magazine)

Rogério Pereira

Este artigo fez parte do Número 10 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

 

É um tema para trabalhar com força e em equipa. Se a união faz a força, em boa medida, a força contribui para a prevenção! A força é determinante nas intervenções preventivas, seja em programas multimodais [com diferentes componentes (ex.: FIFA 11+)](1), ou na abordagem consubstanciada num só um exercício (copenhagen adduction exercise)(2). Além da força, está a pliometria que, além de ter um efeito ao nível da força, promove aprendizagens motoras, contribuindo para desenvolver o controlo motor. Este, há de explicar parte do efeito preventivo refletido na literatura após diferentes intervenções preventivas baseadas no exercício.

A prevenção de lesões desportivas convida à análise dos domínios onde há espaço e necessidade de intervir para mitigar a incidência e a prevalência, i.e., regras do jogo/modalidade/competição, pavimentos e equipamentos, estratégia nutricional, bem como o estado físico, motor, cognitivo e psicossocial dos atletas, etc. Todavia, este texto circunscreve-se ao domínio das intervenções preventivas baseadas em exercício físico. Sendo a recorrência e a recuperação de informação facilitadores de aprendizagens, lembro que só vemos o que conhecemos e melhoramos o que medimos.

Assim, o conhecimento da incidência e prevalência de lesões, fatores de risco extrínsecos, intrínsecos, modificáveis, não modificáveis, exposição do atleta, mecanismos de lesão (++biomecânica) e dos eventos incitadores (++contexto; intercorrências na lógica dos sistemas complexos), são premissas determinantes para desenvolver e/ou implementar medidas preventivas adequadas(3). Isto é, há que deduzir e compreender a indexação do perfil traumatológico, em natureza e número, em função da idade, género, desporto praticado, calendário desportivo, metodologia de treino, recintos competitivos, características do tempo, entre outros. Em menos palavras, há que contar e caracterizar as lesões em função da exposição do atleta e procurar identificar e medir os fatores de risco, observar e descrever os mecanismos de lesão para reconhecer a causalidade e, mais frequentemente, associações. Se é verdade que se conhecem bem algumas lesões e o perfil traumatológico de determinados desportos/modalidades - convite para ler(3) – também o é que muito está por saber/medir – convite para contribuir!

Urge acelerar e alargar a implementação de medidas preventivas cuja eficácia foi comprovada. Será determinante a ciência da implementação para implementar ciência, i.e., encetar estratégias que promovam a aderência e a compliance (em bom português e em termos de liderança – vamos fazer “isto e assim” que é como quem dizia – faz o que digo e como te mando). Sou absolutamente adepto da primeira, pelos modos e eficácia! É essencial avaliar o contexto, é um determinante de sucesso(4).

 

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Este artigo fez parte do Número 10 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

CV: Fisioterapeuta e doutorando em Fisioterapia na FADEUP. Dono de uma oratória invejável e de conhecimentos sólidos, distingue-se ainda pela incrível rede de contactos que foi construindo ao longo dos anos.

Fonte:

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