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Publicado a 28/05/2018

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Daniel Valpaços

Pubalgia do Atleta | por Daniel Valpaços

Daniel Valpaços

Quando ouvimos o termo de pubalgia, pensamos em dor na região púbica e principalmente em futebol. De facto, esta patologia afecta futebolistas e corredores de fundo sendo uma inflamação da sinfise púbica, a articulação mediana dos dois ossos púbicos direito e esquerdo situada na parte anterior.

Alguns números: 10% dos jogadores do râguebi e 12% no futebol. Antigamente considerada como reservada aos atletas desgastado por os anos de carreira, atinge hoje os homens de menos de 30 anos submetidos à treinos intensivos.

De forma simples, a pubalgia consiste num desequilíbrio entre um sistema muscular quadricipital e adutor demasiado desenvolvido para um quadro abdominal em défice.

Este desequilíbrio provoca constrangimentos importantes durante a corrida criando um cisalhamento ao nível da púbis, desencadeando dores nas acelerações, desacelerações ou remate na bola.

Esta afecção manifesta-se por uma dor localizada na região púbica, na virilha ou na face interior das coxas, aparecendo progressivamente apôs um esforço para se tornar bloqueante e permanente ou surgindo bruscamente com sensação de ruptura muscular.

Contudo, a pubalgia é erradamente considerada como a síndrome da região púbica, sendo que essa zona anatómica apresenta 3 tipos de afecções :

  • pubalgia parietal abdominal do atleta : maioritariamente nos futebolistas de menos de 30 anos mas também em outros desportos como a esgrima, râguebi, equitação, atletismo, artes marciais. Nasce de um desequilíbrio entre abdominais e adutores que são geralmente demasiadamente desenvolvidos : a insuficiência abdominal fragiliza a estabilidade púbica (uma articulação normalmente pouco móvel) e favorece os movimentos de cisalhamento criando dor. Os esforços abruptos de remate efectuam-se numa preferencial e amplificam o desequilíbrio;
  • osteo-artropatia: corresponde à uma inflamação óssea (periosteo) devida à uma compensação de perna curta, anomalia de crescimento ou nascimento. A dor localiza-se centralmente ao nível da púbis aumentando palpação;
  • tendinite dos adutores: situada na inserção dos músculos no osso ( tendinite de inserção) ou ao nível do tendão (verdadeira tendinite) ou na junção entre tendão e musculo (veja o artigo sobre o tratamento de tendinites).

 

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Fonte: www.osteopataportugal.pt

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