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Publicado a 07/11/2019

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Vacuoterapia: mecanismos de ação (como funciona?)

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A vacuoterapia (também chamada de ventosaterapia) é uma técnica bastante antiga usada no tratamento da dor e várias disfunções.

Diferentes técnicas foram desenvolvidas ao longo do tempo, no entanto, a aplicação de uma ventosa para criar sucção numa área dolorosa é um ponto comum a todas. Com efeito, a vacuoterapia é um método terapêutico não invasivo que recorre às pressões negativas como forma de tratamento para promover massagem tecidular profunda (MTP) mecanicamente assistida.


Quais os mecanismos de ação da vacuoterapia?

Mecanicamente, a vacuoterapiaaumenta a circulação sanguínea, enquanto que fisiologicamente ativa o sistema imunológico e estimula as fibras mecanossensíveis, levando a uma redução da dor.

Tham et al. (2006) demonstraram, através de um modelo de tecidos moles, que os tecidos moles diretamente abaixo da margem da ventosa (ou copo) comprimem, enquanto os tecidos da periferia se tensionam.

Também Tham et al. (2006) observaram que o stress máximo é encontrado nas ventosas maiores e o stress mínimo em ventosas mais pequenas, localizado ao longo do eixo que passa pelo centro do copo. Portanto, pode supor-se que a menor ventosa não será capaz de exercer a força necessária para fazer qualquer resultado. Ora, para pressão de vácuo constante, uma ventosa maior será capaz de exercer um ponto alto na interface entre as camadas de gordura e músculo.

Estes resultados são consistentes com os dados relatados por Hendriks et al. (2006) num estudo que descreve o comportamento mecânico da pele usando diferentes dispositivos de sucção (diâmetros variáveis). Os dados de Hendriks mostram claramente que o aumento do diâmetro do dispositivo de sucção leva a deslocamentos mais superficiais da pele, resultando numa elevação maior e num stress resultante nas camadas de tecido subjacentes também maior.

Note que as maiores pressões compressivas foram associadas a borda mais aguçadas/ finas da ventosa, as quais causaram mais dor e desconforto ao paciente (Kravetz, 2004) - pelo que foi recomendado o uso de copos com bordas mais arredondadas (Kravetz, 2004).

 

Para ficar a conhecer mais sobre os efeitos fisiológicos da vacuoterapia, clique AQUI!

Fonte: Rozenfeld, E., Kalichman, L., New is the well-forgotten old: The use of dry cupping in musculoskeletalmedicine, Journal of Bodywork & Movement Therapies (2015), http://dx.doi.org/10.1016/j.jbmt.2015.11.009

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