Este artigo fez parte do Número 9 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.
A Ciência é uma ferramenta magnífica. Oferece lentes que nos permitem olhar os fenómenos do Mundo com certezas, ou, maiores certezas. Somos grandemente condicionados pelo contexto, dissonâncias cognitivas, experiências, instintos (1) e tantas outras coisas que, enumerá-las serviria apenas para um name dropping de conceitos, misturados, e que são difíceis de explicar.
No campo da Saúde, particularmente no da Fisioterapia, o desafio é naturalmente grande, mas de forma alguma pode ser descurado, quer na produção de Ciência, quer no seu consumo e interpretação crítica.
E contribuindo para essa “luta”, quem se interessar por esta leitura, terá aqui uma espécie de crivo, para bem filtrar aquilo que de ora em diante lhe aparecer à frente, vestido, ou travestido de evidência. Comecemos.
Tipos de Evidência:
Existem inúmeros tipos de estudo, cada um melhor adequado ao que se pretende estudar Dividamo-los em:
1. Estudos Primários e 2. Estudos Secundários (2). Os primeiros compreendem qualquer tipo de estudo observacional ou experimental e são estudos em que os dados são recolhidos diretamente a partir dos indivíduos ou grupos de indivíduos - por exemplo, um RCT (radomized controlled trial, ou ensaio aleatório controlado), comumente aceite como um bom tipo de estudo para adicionar escolhas terapêuticas. Podem ser vistos como “tijolos” do conhecimento científico. Particularmente por isso, significa que o leitor tem de ser especialmente crítico, porque aqui os resultados poderão ser (e são-no frequentemente) inconsistentes com a evidência relacionada.
Como seria de esperar, os Estudos Secundários, compreendem a compilação e análise dos Estudos Primários. Também denominados de pre-appraised ou critical appraised, são formas de agregar e espremer “tudo” sobre um determinado assunto. Mas tal como num sumo de laranja, a qualidade das laranjas manda muito. Mas já lá vamos. Cabe dizer que para a criação deste tipo de evidência são utilizados processos explicitamente reprodutíveis para avaliar o mérito cientifico dos estudos-fonte (em Revisões Sistemáticas), bem como da relevância clínica (em Guidelines clínicas). Basicamente, estes estudos “removem” a necessidade e complexidade de se mastigar a evidência de menor escala, de forma a se poder tomar decisões a partir dos dados sem que estes se tornem esmagadores e intratáveis.
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Fonte: Consulte o número 9 da Bwizer Magazine