Após os 40 anos é possível detetar a deterioração do funcionamento dos sistemas fisiológicos, com alterações anatómicas e estruturais associadas. Por exemplo, declínios cognitivos progressivos que afetam a memória e a aprendizagem; a atrofia da musculatura esquelética, tornando-se progressivamente mais fraca (alteração conhecida como sarcopenia), e os declínios na densidade mineral óssea que levam à osteopenia e à osteoporose, relacionados com o envelhecimento.
A idade cronológica é um preditor frequente de avaliação do estado de saúde e da capacidade física. Contudo, há uma variabilidade inter-individual considerável, uma vez que alguns idosos apresentam muito boa saúde e outros apresentam, na mesma idade, um início acelerado de fraqueza, incapacidade e fragilidade.
O estilo de vida e os avanços médicos que contribuem para a longevidade são conquistas relevantes, mas também trazem mais desafios sociais, económicos e de saúde consideráveis, visto que a expectativa de vida aumenta mais rapidamente do que o período de vida com boa saúde, denominado "anos de vida saudáveis".
A atividade física regular ajuda a melhorar as funções físicas e mentais, bem como a reverter alguns efeitos das doenças crónicas, mantendo as pessoas idosas mais móveis e independentes.
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Apesar dos benefícios amplamente divulgados da atividade física, a grande maioria dos idosos não atinge os níveis mínimos de atividade física necessários para manter a saúde. Os estilos de vida sedentários que predominam na idade avançada resultam no aparecimento prematuro de doenças.
A evidência mostra que a atividade física regular é segura para idosos saudáveis e que os riscos de desenvolver doenças cardiovasculares e metabólicas, obesidade, quedas, alterações cognitivas, osteoporose e fraqueza muscular diminuem com a realização regular de atividades que variam desde a caminhada de baixa intensidade para os desportos mais vigorosos e exercícios de resistência.
No entanto, a participação em atividades físicas permanece baixa entre os adultos mais velhos, especialmente aqueles que vivem em áreas menos ricas. Assim sendo, os idosos deverão ser encorajados a aumentar as suas atividades através da influência de médicos, família ou amigos, facilitando as atividades em grupo e aumentando a autoeficácia para exercícios.
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Fonte:
McPhee, J. S., French, D. P., Jackson, D., Nazroo, J., Pendleton, N., & Degens, H. (2016). Physical activity in older age: perspectives for healthy ageing and frailty. Biogerontology, 17(3), 567–580. https://doi.org/10.1007/s10522-016-9641-0