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Publicado a 03/01/2020

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Diretrizes da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos para profilaxia da úlcera de stress na Unidade de Cuidados Intensivos

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Segundo a Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos (SPCI), o doente crítico "é aquele que, por disfunção ou falência profunda de um ou mais órgãos ou sistemas, a sua sobrevivência esteja dependente de meios avançados de monitorização e terapêutica".

Também de acordo com a SPCI, o "paciente crítico corre risco de desenvolver úlceras de stress do trato gastrintestinal. Com efeito, os antiácidos e antiulcerosos de diferentes classes são frequentemente prescritos para reduzir a incidência de hemorragia gastrintestinal clinicamente significativa associada à úlcera de stress. No entanto, o uso indiscriminado deste tipo de profilaxia em todos os pacientes admitidos a unidades de terapia intensiva, não só não se justifica, como tem potenciais efeitos adversos e implicações de custo.

As presentes diretrizes da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos têm como alvo resumir a evidência atual e fornece seis afirmações clínicas (recomendações) e um algoritmo com o objetivo de fornecer uma política padronizada para prescrição de profilaxia da úlcera stress em unidades de terapia intensiva e evitar o uso inadequado.

  • Declaração 1 - recomenda-se manter (ou iniciar) agentes que suprimam a acidez gástrica (isto é, inibidores da bomba de protões) em pacientes com indicações convincentes para supressão ácida. Recomendação forte, evidência de qualidade moderada.
  • Declaração 2 - recomenda-se profilaxia com agentes que suprimem a acidez gástrica em vez de não profilaxia nos pacientes que portam um fator major de risco ou dois fatores minor de risco para úlcera de stress.
  • Declaração 3 - recomenda-se o uso de inibidores da bomba de protões quando é indicada profilaxia com supressão da acidez gástrica. Recomendação forte, evidência de baixa qualidade.
  • Declaração 4 - não existe qualquer recomendação com relação a regimes específicos de inibidor da bomba de protões.
  • Declaração 5 - sugere-se utilizar antagonistas do receptor H2 da histamina em pacientes com infecção por C. difficile e indicação para profilaxia da úlcera de stress. Recomendação fraca, evidência de qualidade muito baixa.
  • Declaração 6 - recomenda-se cessar a profilaxia com agentes que suprimem a acidez gástrica quando não mais estiverem presentes os fatores de risco, e o paciente estiver em uso de alimentação enteral. Recomendação forte, evidência de baixa qualidade.

Para conhecer, em detalhe, estas 6 afirmações clínicas, clique AQUI!

Fonte: Rev. bras. ter. intensiva vol.31 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2019 Epub Feb 28, 2019 (Print version ISSN 0103-507XOn-line version ISSN 1982-4335)

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