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Publicado a 12/04/2021

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Estado funcional de doentes com COVID-19 ventilados mecanicamente na Unidade de Cuidados Intensivos

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Um estudo publicado pelo Journal of Intensive Care em março de 2021, pretendeu investigar o estado funcional dos pacientes após infeção por COVID-19, quando ventilados na Unidade de Cuidados Intensivos e na alta hospitalar. Os resultados das escalas de avaliação funcional foram correlacionados com variáveis clínicas intra-hospitalares, tempo de internamento, tempo pós Unidade de Cuidados Intensivos, recomendação de acompanhamento médico, entre outros.

A doença coronavírus 2019 (COVID-19) infetou mais de 151 milhões de pessoas e causou a morte de mais de 3 milhões em todo o mundo (https://coronavirus.jhu.edu, avaliado a 1 de abril de 2021). Os números reais provavelmente serão muito maiores devido à escassez de testes e à falta de relatórios. 

Além disso, muitos pacientes que sobreviveram à infeção por COVID-19 poderão possivelmente ter problemas de saúde a curto e longo prazo. Até ao momento, a maioria dos estudos publicados relacionou as variáveis clínicas à mortalidade e/ou doença crítica. Contudo, menos são os estudos que avaliam sistematicamente o estado funcional dos sobreviventes do COVID-19 no momento da alta hospitalar.

 

Leia mais sobre a ventilação mecânica, aqui 👉 "Ventilação mecânica em pacientes com lesão cerebral aguda: Recomendações da Sociedade Europeia de Medicina Intensiva"

Conheça também o artigo escrito pelo enfermeiro João Moura Meireles, com alguns conselhos sobre Abordagem do ABDCE: Critérios de Avaliação de Transporte.

 

Um número significativo de pacientes com COVID-19 foi tratado com ventilação mecânica invasiva (VMI). A ventilação mecânica invasiva prolongada aumenta o risco de desenvolver infeção secundária, sépsis e mesmo possível falência de múltiplos órgãos, o que aumenta a suscetibilidade do paciente a complicações clínicas de curto e longo prazo.

A capacidade de avaliar o estado funcional de sobreviventes de COVID-19 no início do internamento na Unidade de Cuidados Intensivos e na alta hospitalar é importante pois permite a identificação de pacientes que podem precisar de intervenções médicas e de reabilitação. Foi demonstrado que a intervenção precoce promove uma recuperação funcional rápida e melhora a qualidade de vida.

Existem alguns testes clínicos para avaliar o estado funcional de pacientes que receberam alta da Unidade de Cuidados Intensivos, tais como a Escala de Mobilidade da Unidade de Cuidados Intensivos e o Índice de Barthel.

A documentação sistemática do estado funcional em sobreviventes de COVID-19 na Unidade de Cuidados Intensivos e na alta hospitalar pode ajudar a antecipar as futuras necessidades de saúde da sequela de COVID-19.

Para aceder ao artigo na íntegra, clique AQUI!

Fonte:

Musheyev, Benjamin et al. (2021) Functional status of mechanically ventilated COVID-19 survivors at ICU and hospital discharge, Journal of Intensive Care. doi: https://doi.org/10.1186/s40560-021-00542-y

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