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Publicado a 15/02/2021

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Ventilação mecânica em pacientes com lesão cerebral aguda: Recomendações da Sociedade Europeia de Medicina Intensiva

Bwizer

A grande maioria dos pacientes com lesão cerebral aguda admitidos em unidades de cuidados intensivos (UCI) frequentemente requerem ventilação mecânica ou outra forma de suporte respiratório.

São várias as causas que levam estes pacientes à presença de insuficiência respiratória, nomeadamente, a perda de reflexos protetores das vias aéreas ou a diminuição do impulso respiratório, colocando-os em risco de complicações pulmonares, como por exemplo, pneumonia ou síndrome de desconforto respiratório agudo (SDRA).

A ventilação mecânica surge como um mecanismo que garante o fornecimento confiável de oxigénio e a modulação da hemodinâmica cerebral através do controlo da tensão arterial de Dióxido de Carbono.

Por outro lado, a ventilação mecânica pode também exercer efeitos prejudiciais sobre o cérebro devido a complexas interações fisiológicas entre os compartimentos intratorácico, venoso central e intracraniano.

Posto isto, o que por um lado torna a ventilação protetora pulmonar amplamente implementada em pacientes gravemente doentes pode, por outro, ser negada a pacientes com lesão cerebral.

Ainda não há total esclarecimento quer sobre as estratégias de ventilação como das decisões para intubação traqueal, liberação do ventilador e traqueostomia na população com lesão cerebral aguda.   

Para além disso, a segurança e eficácia das terapias de resgaste avançadas para Insuficiência Respiratória Grave, como posicionamento, manobras de recrutamento alveolar e oxigenação por membrana extracorpórea também ainda não se encontram estabelecidas para esta população.

Para responder a estas questões, a Sociedade Europeia de Medicina Intensiva estabeleceu um painel de consenso que visa o fornecimento de recomendações baseadas em evidências sobre as melhores práticas clínicas para ventilação mecânica em pacientes com lesão cerebral aguda e identificação de lacunas no conhecimento.

Para tal, abordou alguns domínios da prática clínica relevantes para a população em causa, nomeadamente:

  • Indicações para intubação endotraqueal;
  • Intervenções não-invasivas para assegurar oxigenação e ventilação;
  • Configurações de ventilação mecânica;
  • Alvos para gasometria arterial;
  • Intervenções de resgate em pacientes com lesão cerebral aguda concomitante e Insuficiência Respiratória Grave;
  • Critérios para liberação do ventilador e extubação traqueal;
  • Critérios e tempo para traqueostomia.         

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Fonte:

Robba, C., Poole, D., McNett, M., Asehnoune, K., Bösel, J., Bruder, N., … Stevens, R. D. (2020). Mechanical ventilation in patients with acute brain injury: recommendations of the European Society of Intensive Care Medicine consensus. Intensive Care Medicine, 46(12), 2397–2410. https://doi.org/10.1007/s00134-020-06283-0

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