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Publicado a 30/09/2019

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Filipe Franco

Fibrilhação Auricular: da identificação ao tratamento no Serviço de Urgência | Por Filipe Franco (Bwizer Magazine)

Filipe Franco

Este artigo fez parte do Número 8 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

 

Segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia, a fibrilhação auricular (FA) corresponde à arritmia crónica mais frequente, apresentando uma prevalência superior a 6% a partir da sexta década de vida. Estima-se que aumente pelo menos para o dobro nos próximos cinquenta anos, acompanhando o envelhecimento da população.

A FA aumenta cinco vezes o risco de acidente vascular cerebral (AVC) - 15% -, três vezes o risco de insuficiência cardíaca congestiva (ICC), duas vezes o risco de demência e duplica o risco de morte. Segundo estudos recentes, nos últimos 20 anos as admissões hospitalares por FA aumentaram cerca de 66%, traduzindo uma causa importante de despesa para a saúde.

A FA caracteriza-se por uma atividade elétrica totalmente dessincronizada e anárquica das aurículas, levando a uma ausência de sístole auricular efetiva e a um ritmo ventricular acentuadamente irregular. Para além da idade, associa-se um maior risco de FA no género masculino, história familiar desta disritmia, alcoolismo, obesidade, tromboembolismo pulmonar (TEP) e diversas patologias cardiovasculares como a cardiopatia coronária aterosclerótica, valvulopatias (principalmente da válvula mitral), hipertensão arterial (especialmente se associada a hipertrofia ventricular esquerda) e as miocardiopatias (hipertrófica ou dilatada). O hipertiroidismo é a causa não cardíaca mais frequente.

O mecanismo de ação pelo qual os fatores de risco cardiovasculares predispõem à ocorrência da FA permanece em investigação. Níveis elevados de catecolaminas, stress hemodinâmico ou metabólico, isquemia ou inflamação auricular e ativação da cascata neuro-humoral podem promover o desenvolvimento desta patologia.

Esta pode ser classificada como:

1) 1.º Episódio diagnosticado de FA (quando é identificada pela primeira vez);

2) FA recorrente paroxística (se termina espontaneamente nas primeiras 48h, mas pode ter uma duração até 7 dias);

3) FA recorrente persistente (se durar mais de 7 dias, podendo ir até 1 ano);

4) FA persistente (arritmia permanente com diagnóstico estabelecido há anos, com cardioversões sem sucesso).

Clinicamente, o doente pode estar assintomático (FA silenciosa) ou manifestar palpitações, dor torácica, hipotensão, tonturas, cansaço, e/ou dispneia de início ou agravamento recente, acompanhada de pulso irregular.

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Este artigo fez parte do Número 8 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

CV: Filipe Franco é Enfermeiro especialista em Enfermagem Médico-cirúrgica (vertente doente e família em situação crítica) e um formador experiente. É também Especializado em Assistência Integral em Urgências e Emergências pelo ICBAS e Pós-Graduado em Enfermagem de Urgências e Catástrofes.

Fonte: Consulte o número 8 da Bwizer Magazine

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