Este artigo fez parte da 5ª edição da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.
Estivemos à conversa com Nuno Pina, um jovem fisioterapeuta com espiríto empreendedor. Conheça-o melhor agora!
Fale-nos um pouco sobre si.
Sou um jovem natural de Caldas da Rainha que vive todos os dias orientado pela motivação.
Cresci junto dos meus pais, irmão e avós, num local tipicamente simples, com todas as condições para um desenvolvimento genuíno e honesto.
Licenciado em fisioterapia pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, tenho-me dedicado a exercer sobretudo como fisioterapeuta no alto rendimento desportivo.
No início da minha atividade profissional passei por vários clubes desportivos, entre os quais o Sport Lisboa e Benfica onde , até 2015, exerci na modalidade de hóquei em patins.
Exerço atividade profissional em vários locais e com diferentes funções: (1) coordenador e fisioterapeuta no departamento de fisioterapia para o alto rendimento da Federação Portuguesa de Natação, (2) membro da equipa de saúde do Comité Olímpico de Portugal e (3) diretor técnico da ForPhysio Jamor - Performance Center.
Acredito na vantagem em ser-se versátil, pelo tenho seguido esta premissa nos últimos 5 anos. Nesse sentido tenho investido o meu tempo em diferentes áreas: dirigente no Conselho Diretivo Nacional da Associação Portuguesa de Fisioterapeutas; tutor residente no Centro de Alto Rendimento do Jamor para as federações nacionais de ténis e natação; orientador de estágios em fisioterapia de diversas escolas; formador assíduo nas temáticas de prevenção de lesões e return to sport, e, recentemente, presidente da direção da Associação de Antigos Alunos da ESTeSL, alumniESTeSL.
Quem segue a minha conta de Instagram pessoal @nf.pina conhece um Nuno que adora sair de casa para estar com a família e amigos, gosta de ir à praia durante todo o ano e desfruta em ambientes desportivos, culturais e, sempre que possível, recreativos.
Adoro gatos, detesto cães, canto alto enquanto conduzo, faço exercício físico e o filme que mais me marcou foi o Fight Club (um clichê, mas um clichê não arrependido).
Uma curiosidade sobre si que nada tenha a ver com a sua atividade do dia-a-dia?
Assisto com assiduidade ao por do sol e, enaquanto isso acontece, imagino um pelicano gigante, pelo menos de 40m, a rasgar o horizonte!
Como concilia a sua vida pessoal com a profissional?
Com bastante dedicação. Raramente abdico de fazer algo pessoal por razões profissionais.
Sempre sonhou ser Fisioterapeuta? Como surgiu na sua vida?
Nem uma única vez: a fisioterapia entrou depressa na minha vida. Mas hoje tenho consciência que também rapidamente decidi dedicar-me a ela.
No seu percurso profissional, quais foram as experiências que mais o marcaram?
Felizmente tive diversas experiências marcantes e impactantes na minha vida profissional. Destaco ganhar a Taça de Portugal em hóquei em patins masculino pelo Sport Lisboa e Benfica, em 2015; destaco também o meu primeiro Campeonato do Mundo de natação na Rússia também em 2015; bem como abrir a ForPhysio Jamor junto dos meus amigos, a 25 de abril de 2018.
O que o motivou a abrir o seu gabinete?
Realizar a prática clínica em fisioterapia de acordo com os meus princípios e ética, focado no público que hoje tenho como eleição e exercer com a autonomia que claramente me permite desenvolver aquilo que acredito ser um ótimo trabalho.
Quais os desafios e medos que enfrentou? Foi tudo fácil?
Sinceramente tudo tem fluido com naturalidade. O maior desafio são mesmo as pessoas, não os clientes, mas as pessoas que estão em torno e nas estruturas com tomada de decisão.
Hoje sente-se recompensado? Faria algo de forma diferente? Que conselho deixa a quem quer fazer o mesmo?
Sinto-me bem, a recompensa é diária. Até ao dia de hoje sem arrependimentos, portanto penso que faria tudo igual.
Para quem quer fazer o mesmo aconselho que o faça sem receio de errar. Existem sempre soluções.
Na sua opinião qual a importância da prática privada na Fisioterapia, em Portugal? A concorrência é positiva?
A prática privada é essencial pois, no Sistema Nacional de Saúde e, segundo dados da OCDE, o rácio em Portugal é de 1 fisioterapeuta para cada 100 mil habitantes. Claramente insuficiente.
A concorrência no sector privado da fisioterapia funciona como o alto rendimento desportivo: promove a melhoria contínua e a capacidade de autossuperação. Por esses motivos, positiva, sim.
Como acha que a Fisioterapia pode evoluir/ crescer?
Basicamente a fisioterapia pode evoluir apoiada em dois pilares: boas práticas baseadas na evidência científica e desenvolvimento da tecnologia associada. Juntas, julgo serem a fórmula ideal.
Como procura elevar-se a si e à sua profissão todos os dias?
Fazer o que gosto, com quem gosto e como gosto. Para mim, a felicidade na intervenção é meio caminho andado para alcançar a elevação profissional, todos os dias.
Quais os seus projetos para o futuro?
Quero desenvolver os projetos que assumi e nos quais atualmente estou envolvido. Até ao final deste ciclo olímpico, rumo a Tóquio 2020, esse será o meu foco.
Já realizou algumas formações com a Bwizer? De que forma é que estas impactaram o seu dia-a-dia?
Sim. Acredito na melhoria contínua e na formação avançada como ferramenta para a alcançar. Desta forma, as formações que realizei contribuíram para o meu desenvolvimento profissional.
Uma dica ou frase de inspiração para aqueles que gostariam de seguir os seus passos?
Se a tua energia for toda aplicada num sentido simples mas útil, nasce algo com valor. Põe em prática e depois vais “acertando”.
Este artigo fez parte da 5ª edição da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.
CV: Fisioterapeuta