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Publicado a 22/06/2020

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David Brandão

Histórias de Sucesso David Brandão (Bwizer Magazine)

David Brandão

Este artigo fez parte do Número 10 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

 

Fale-nos um pouco de si.

O meu nome é David Brandão, tenho 26 anos e sou natural de Paredes de Coura.

Defino-me como um rapaz ambicioso e empreendedor. Gosto de desafios e a superação é uma constante na minha vida. Luto todos os dias por me aproximar dos meus sonhos e objetivos.

Sou licenciado em Fisioterapia pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa e, atualmente, frequento o 4º ano de Osteopatia pela Escola de Osteopatia de Madrid. Sou também docente no curso de Osteopatia do IMT Instituto de Medicina Tradicional.


Uma curiosidade sobre si que nada tenha que ver com a sua atividade do dia a dia?

Tenho duas grandes paixões: a descoberta da origem das coisas e a música.

Estou sempre a ler sobre a origem do Homem na Terra, a origem das tradições, a influência do estilo de vida no comportamento e até sobre a origem das minhas ações.

A música é uma paixão que me acompanha desde criança, sempre tive curiosidade por procurar novas bandas, nunca fui de consumir o que me impingem na rádio e, se pudesse, ia a concertos todas as semanas.


Como concilia a vida pessoal com a profissional?

Não é uma tarefa fácil. Além de ser fisioterapeuta e gestor no meu espaço, sou também estudante de Osteopatia na EOM e dou aulas de Biomecânica no IMT. Por isso, às vezes, o tempo torna-se escasso e sobreponho mais do que gostaria a vida profissional à pessoal. É sem dúvida uma tarefa que ainda estou a aprender a gerir.

Sempre sonhou ser fisioterapeuta? Como surgiu esta profissão na sua vida?

Não sei se sempre sonhei ser fisioterapeuta. Sei que desde miúdo sonhei estudar o corpo humano e trabalhar com terapia manual, se era ser fisioterapeuta concretamente não sei.

A escolha da licenciatura em Fisioterapia foi fácil pois, em 2015, era o curso que melhor abrangia as minhas áreas de interesse, a anatomia/fisiologia e a reabilitação. Hoje tenho a certeza de que é este o caminho.


Decidiu apostar mais esforços em alguma área em particular? E se sim, porquê?

Atualmente, foco a minha intervenção nas disfunções neuro-músculo-esqueléticas. É uma área apaixonante e extremamente complexa, onde as disfunções dos pacientes e as metodologias de abordagem são muito variadas. O que realmente me apaixona nesta área é o facto de a nossa intervenção ser avaliada no momento, quero eu dizer se intervirmos corretamente na estrutura afetada, por norma, temos resultados positivos no momento da intervenção, esse é o desafio.


Porquê especializar-se em Osteopatia na EOM? E o que mudou na sua prática?

Primeiramente, procurei a Osteopatia para complementar os meus conhecimentos de anatomia, fisiologia, biomecânica e cadeias musculares. A escolha da EOM foi fácil por considerar ser uma escola que completa estas áreas.

Assim, tenho procurado aliar os conhecimentos da Osteopatia à intervenção em Fisioterapia, por acreditar na complementaridade destas duas áreas: a abordagem Osteopática permite-me avaliar mais especificamente alterações de mobilidade pela terapia manual em conjunto com uma abordagem mais específica, ao passo que a Fisioterapia me dá uma abordagem mais funcional e específica para cada indivíduo. Para mim é o complemento perfeito.


Sabemos que é docente no Instituto de Medicina Tradicional (IMT). Como surgiu esta ligação ao ensino?

Era um desejo antigo e, a meu ver, inevitável dada a minha ligação à formação e ao meu gosto pela aprendizagem e pela comunicação.

Integrar a equipa de gestores operacionais da Bwizer em 2017, a par com os estudos na EOM, permitiu-me ter contacto com diversos perfis de formadores e métodos de ensino diferenciados. Desde aí o gosto pelo ensino cresceu e, por acreditar que posso acrescentar algo na prática de outros profissionais, decidi desenvolver este “bichinho”.

Em 2019, surgiu a oportunidade de lecionar biomecânica no curso de Osteopatia no IMT e agarrei logo o desafio, não podendo estar mais satisfeito.


Sabemos que em 2019 inaugurou o seu espaço – o que o motivou a dar este passo?

Eu sempre tive este objetivo bem definido e trabalhei sempre com esse foco. As formações que fiz e os diferentes trabalhos que tive foram sempre com a perspetiva de desenvolver competências para um dia ter o meu gabinete.

Em 2018, as coisas alinharam-se nesse sentido e, em 2019, nasce a Integrativa.

As motivações foram sempre as mesmas: trabalhar da forma que mais me apaixona, autonomamente e com uma intervenção onde a terapia manual e o exercício são uma sinergia perfeita; o desafio de ter um espaço onde genuinamente os meus interesses e os interesses de quem me procura possam coexistir; e por último, mas não menos importante, o desafio de gerir uma empresa.


Quais os desafios e medos que enfrentou? Foi tudo fácil?

Neste percurso, nem tudo correu como esperava. O processo de criar um projeto estruturado foi um grande desafio, mas a grande aventura começa após o primeiro dia de abertura. Há alguns desafios e receios que são inerentes a qualquer projeto: ter clientes, ir ao encontro das suas expectativas e mostrar que o fisioterapeuta é um profissional de primeiro contacto.

Durante este percurso, existiram dias, principalmente os primeiros, em que não tinha um único cliente. Apesar de saber que fazia parte do processo, nem sempre era compreensivo comigo mesmo. Por isso, quando falo da aventura de ter um gabinete próprio, falo muito do crescimento a nível pessoal.

Hoje, os desafios são outros, passam por gerir uma equipa, apesar de ser um felizardo e de estar muito grato pelas pessoas que trabalham comigo, e por entender por onde posso crescer.


Hoje sente-se realizado? Faria algo de forma diferente?

Sinto-me realizado, sem dúvida. Tenho tido as oportunidades que desejei desde o início do meu percurso. Faço o que gosto, tenho o meu espaço, sou estudante e professor. Todos os projetos dos quais faço parte permitem-me desenvolver novas capacidades e esse desafio motiva-me.

Relativamente ao fazer algo diferente, sinceramente não sei. Uma coisa é certa: hoje faço coisas de forma diferente do que quando comecei - é um processo natural. Ainda assim, não faria nada de diferente para não perder a aprendizagem e os desafios do processo.


No seu percurso profissional, quais foram as experiências que mais o marcaram?

A experiência mais improvável que já tive foi atender uma princesa aquando das suas férias em Portugal, foi um pequeno acaso por intermédio de uma paciente, mas não deixa de ser uma experiência caricata.

A experiência mais marcante até hoje foi, sem dúvida, a abertura do meu gabinete, por todas as vivências e oportunidades que me proporcionou. No entanto, este ano tive outras duas que me marcaram bastante: a minha estreia como docente e a oportunidade de trabalhar lado a lado com o professor de Osteopatia da EOM com quem mais me identifico, podendo aprender e crescer com ele todos os dias.


O que tem a dizer sobre a importância da prática privada na Fisioterapia, em Portugal? A concorrência é positiva?

A prática privada em Fisioterapia no panorama português é fundamental para que se desenvolva uma nova forma de apresentar a Fisioterapia à comunidade. Com o aumento dos gabinetes privados de Fisioterapia desenvolvem-se novas abordagens de intervenção e afirma-se, graças à publicidade, a intervenção da Fisioterapia. No entanto, o grande benefício é criar uma alternativa para as pessoas que procuram um serviço personalizado, diferenciado e inovador.

A concorrência, no geral, é positiva, elevando a fasquia e isso pode ser desafiante. Apesar de, na minha realidade, não acreditar em concorrência porque acredito que cada fisioterapeuta tem uma abordagem única, que o diferencia e que se irá adequar a um determinado público. Pode ser uma visão um pouco utópica, mas acredito nela.


Como acha que a Fisioterapia pode evoluir/crescer?

O crescimento da Fisioterapia deve passar pela autonomia do fisioterapeuta, assumindo um papel ativo nas equipas multidisciplinares. Deve também passar pela afirmação da Fisioterapia na promoção da saúde e da atividade física como método de prevenção e de reabilitação. No entanto, o grande foco deverá ser uma maior oferta de serviços de qualidade junto da população - não quero com isto dizer mais unidades privadas de Fisioterapia, uma vez que devemos unir esforços para que os serviços já existentes tenham qualidade. Por exemplo, nas clínicas convencionadas, onde habitualmente não existem tantas condições, estas devem ser otimizadas de forma a melhorarem o serviço e o atendimento para que, desta forma, possam oferecer um serviço de qualidade à população. Este é um exemplo de muitos contextos onde os serviços devem ser reestruturados para que, a pouco e pouco, se valorize a profissão de fisioterapeuta.


Como procura elevar-se a si e à sua profissão?

Pessoalmente, procuro elevar-me, tanto investindo na minha formação, pois acredito que o conhecimento é um bem que nunca desvaloriza; como também trocando experiências com colegas que têm projetos interessantes e que podem acrescentar algo à minha intervenção. Consequentemente acredito que, ao fazer um bom trabalho, valorizo a minha profissão e afirmo o papel da Fisioterapia junto da população.


Quais os seus projetos para o futuro?

A nível pessoal, os meus projetos passam por honrar os compromissos que assumi: afirmar a Integrativa como um espaço de referência, terminar a minha formação de Osteopatia na EOM e crescer enquanto professor.

Ao nível da Integrativa tenho alguns projetos interessantes em curso, esperem para ver.


Já realizou algumas formações com a Bwizer. De que forma é que estas impactaram o seu dia-a-dia?

O projeto do meu gabinete ganhou muito com a experiência, com alguns alunos e formadores Bwizer, aos quais não posso deixar de agradecer.

A formação na Bwizer é uma grande oportunidade: primeiramente, porque é um novo método de intervenção e, secundariamente (mas para mim até mais importante), a oportunidade de networking com os restantes alunos, formadores e a equipa de Gestores Operacionais (GO).

Costumo dizer que há sempre alguma coisa que muda na nossa forma de estar como fisioterapeuta após uma formação. Ao fim de algum tempo, como GO, passei a ver a formação como uma experiência e não tanto como a aprendizagem de técnicas, apesar de também o ser.


Uma dica ou frase de inspiração para aqueles que gostariam de seguir os seus passos?

“Se tens a capacidade de sonhar, tens a capacidade de fazer” é uma frase que me acompanha desde novo.

Não sonhem apenas, é preciso terem a capacidade de lutar por aquilo em que acreditam. Eu acredito que as oportunidades se criam, não devemos ficar à espera que apareçam por si só. Por isso trabalhem sempre com o foco na direção do vosso sonho, e dessa forma, as oportunidades vão surgir.

 

 
Este artigo fez parte do Número 10 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

CV: Fisioterapeuta

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