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Publicado a 22/06/2020

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Pedro Roque

Médio Glúteo e Estabilização: um dos “remédios” para a Lombalgia | Por Pedro Roque (Bwizer Magazine)

Pedro Roque

Este artigo fez parte do Número 10 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

 

As dores nas costas, em especial a lombalgia são uma queixa muito comum na população em geral, causando incapacidade, redução da qualidade de vida e prejudicando a atividade laboral, conduzindo a transtornos socioeconómicos para os utentes e a sociedade, resultando em numerosos custos para os sistemas de saúde(2). A lombalgia foi recentemente identificada como a maior causa isolada de incapacidade no mundo(4). A sua prevalência aumenta linearmente após a terceira década de vida(1).

Uma marca de referência da lombalgia são as disfunções dos músculos do complexo lombo pélvico e anca. Na anca, por exemplo, indivíduos que apresentam sintomas de lombalgia, mais comummente exibem fraqueza muscular do músculo médio glúteo, diminuição da produção de força de abdução da anca e défice de recrutamento dos músculos desta articulação ou complexo articular. O glúteo médio é um dos principais músculos estabilizadores pélvicos e desempenha um papel importante no controlo de movimentos do fémur e da anca nos planos frontal e transverso. Esta estabilização pode ser muito importante para o controlo de movimentos excessivos e ajuda a atenuar as forças aplicadas ao longo da coluna lombar. A fraqueza do médio glúteo e consequente perda de estabilidade dinâmica lateral da anca e do membro inferior, levam a movimentos não tão controlados de lateralização excessiva do tronco e, consequentemente, compressão dos discos intervertebrais assim como, alteração dos padrões de movimento, que podem contribuir para a exacerbação das queixas de dores lombares(1).

Sendo a lombalgia, como já referi, uma das maiores causas de queixas e de incapacidade no mundo, temos a necessidade de, diariamente, apoiarmos e instruirmos os nossos utentes (atletas e não atletas) para a importância do trabalho de estabilização dos músculos próximos e responsáveis pelo suporte e proteção da coluna lombar.

A lombalgia é uma disfunção multifatorial com uma prevalência enorme. Com efeito, a maior parte das pessoas sente lombalgia em algum momento da sua vida e isso tem um impacto imenso nos indivíduos, nas suas famílias e nos sistemas de saúde. Inerente aos cuidados básicos de saúde, a fisioterapia (exercício e terapia manual) é o método conservador mais comum na intervenção na lombalgia(5).

A The European Guidelines for Managment of Chronic Non-Specific Low Back Pain, recomenda a realização de exercícios terapêuticos sob supervisão como a abordagem de primeira linha. Programas de exercícios de estabilização são muito utilizados para a recuperação de condições da coluna lombar devido à sua eficácia relacionada com alguns aspetos da dor e disfunção. Os exercícios de estabilização, têm como objetivo melhorar a função de músculos específicos do tronco para controlar movimentos em vários segmentos, dotando os utentes de maior controlo e coordenação da coluna e anca, usando como base a aprendizagem motora, recorrendo à segmentação e simplificação dos movimentos(5).

 

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Este artigo fez parte do Número 10 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

CV: Licenciado em Fisioterapia e Pós-Graduado em Treino Funcional Integrado. Com 14 anos de prática clínica em reabilitação e traumatologia no desporto, em várias modalidades, é o fundador da “Fisioroque – Acompanhamento Integrado de Elite”.

Fonte:

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