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Publicado a 30/09/2019

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Ricardo Vidal

Tendon Neuroplastic Training: uma visão diferente sobre o tendão | Por Ricardo Vidal (Bwizer Magazine)

Ricardo Vidal

Este artigo fez parte do Número 8 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

 

As tendinopatias do membro inferior são lesões que derivam de episódios traumáticos de repetição, causados por forças de tensão que a musculatura exerce sobre o tendão. As tendinopatias mais frequentes são aquelas que afetam os tendões aquiliano e rotuliano, exatamente por estes estarem acoplados a grupos musculares com grande capacidade de produção de força máxima, força essa que se transforma em fenómenos de carga/ tensão para o tendão, provocando-lhe lesões ao nível estrutural.

O conceito de tendon neuroplastic training (TNT) vem alterar o paradigma da reabilitação das tendinopatias, por ser um conceito baseado no exercício terapêutico, onde o foco do tratamento deixa de ser o tendão de uma forma direta. O TNT aborda essencialmente as estruturas musculares associadas ao tendão segundo uma lógica global e de progressão na reabilitação. Inicialmente, as contrações isométricas funcionam como analgésico para o tendão. Num segundo momento, as contrações isotónicas em velocidade de execução baixa (heavy slow resistance training- HSRT) promovem adaptações no sistema nervoso central com o objetivo de “treinar” o tendão a absorver cargas elevadas, diminuindo-lhe o impacto dos movimentos rápidos e explosivos, mas mantendo o estímulo da carga, faltando concluir o processo de retorno à atividade desportiva com o respetivo momento de readaptação à modalidade.

Fatores de Risco

Como todas a lesões não traumáticas, as tendinopatias são multifatoriais, sendo impossível atribuir a um fator de risco isolado a responsabilidade pelo aparecimento da lesão. Contudo, os fatores relacionados com a metodologia de treino, exercício desadequado e modalidades desportivas que impliquem uma exposição excessiva a movimentos pliométricos, parecem ser fatores que devemos dar mais atenção na perspetiva da prevenção.

A “balança” dos fatores de risco mostra que não existe evidência que uns fatores tenham preponderância em relação a outros, ou seja, o conjunto dos fatores é que potencia o aparecimento da lesão. No entanto, analisando o tendão no âmbito da biomecânica, e sendo a nossa intervenção baseada no exercício, percebemos que os fatores mencionados anteriormente e a sobrecarga em exercícios explosivos com grande velocidade de execução são aspetos a ter em maior consideração na prevenção de tendinopatias do membro inferior.

 

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Este artigo fez parte do Número 8 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

CV: Ricardo Vidal é Fisioterapeuta da equipa profissional do Futebol clube Paços de Ferreira. Desde 2011, ano em que terminou a Licenciatura, exerce funções na Clínica do Dragão - Espregueira Mendes Sports Centre FIFA Medical Centre of Excellence onde acompanha atletas de diversas modalidades. É Instrutor Oficial do Método de Kinesio® Taping (CKTI) e tem a especialização em DOe (Conceito Osteoetiopático).

Fonte: Consulte o número 8 da Bwizer Magazine

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