O nosso website utiliza cookies por forma a melhorar o desempenho do mesmo e a sua experiência como utilizador. Pode consultar a nossa política de cookies AQUI

Publicado a 25/06/2020

Voltar
Bwizer

Suporte Avançado de Vida (SAV) em Pediatria: atualização das diretrizes AHA (2020)

Bwizer

Em 2015, fruto do mais atual conhecimento, a American Heart Association (AHA) procedeu ao refinamento das recomendações existentes (isto em vez de desenhar novas recomendações). Estas atualizações versam essencialmente sobre:

  • A reanimação/ ressuscitação com fluidos;
  • O uso de atropina antes da intubação traqueal;
  • Monitorização hemodinâmica invasiva durante RCP;
  • Medicamentos antiarrítmicos oara FV refratária ao choque TV sem pulso;
  • Vasopressores para ressuscitação/reanimação;
  • Controlo direcionado da tempetatura;
  • Fatores prognósticos durante e após a PCR;
  • Fluidos e inotrópicos pós-PCR;
  • PaO2 e PaCO2 pós-PCR.

Com efeito, e de uma forma geral, estas atualizações sobre o SAV postulam o seguinte:

  • "Em cenários específicos, ao tratar pacientes pediátricos com doenças febris, o uso de volumes restritivos de cristaloide isotónico melhora a sobrevivência. Isto contrasta com a visão tradicional de que é benéfica a ressuscitação com volumes agressivos de rotina.
  • O uso rotineiro de atropina como pré-medicação para intubação traqueal de emergência em não neonatos, especificamente para prevenir arritmias, é controverso. Além disso, há dados que sugerem não haver uma dose mínima de atropina necessária para essa indicação.
  • Se houver monitoração invasiva da pressão arterial, esta pode ser usada para ajustar a RCP e atingir alvos de pressão arterial específicos para crianças em PCR.
  • A amiodarona ou a lidocaína são agentes antiarrítmicos aceitáveis para a FV pediátrica refratária ao choque e TVSP em crianças.
  • A epinefrina continua sendo recomendada como um vasopressor na PCR em pediatria.
  • Em pacientes pediátricos com cardiopatias e PCRIH em locais onde existem protocolos de oxigenação extracorpórea por membrana, pode-se considerar a ECPR.
  • Evite a febre ao cuidar de crianças comatosas com RCE após uma PCREH. Um grande estudo randomizado sobre hipotermia terapêutica para crianças com PCREH não mostrou nenhuma diferença nos desfechos quando se instalou um período de hipotermia terapêutica moderada (com temperatura mantida de 32 °C a 34 °C) ou a manutenção estrita de normotermia (com temperatura mantida de 36 °C a 37,5 °C).
  • Muitas variáveis clínicas durante e após a PCR foram avaliadas quanto à relevância prognóstica. Não se identificou nenhuma variável como suficientemente confiável para prever desfechos. Portanto, os responsáveis pelo tratamento devem considerar vários fatores na tentativa de prever os desfechos durante a PCR e no contexto pós-RCE.
  • Após o RCE, use fluidos e infusões vasoativas para manter a pressão arterial sistólica acima do 5º percentil para a idade.
  • Após o RCE, tente atingir a normoxemia. Se o equipamento necessário estiver disponível, reduza a administração de oxigênio até atingir uma saturação de oxi-hemoglobina de 94% a 99%. Evite a hipoxemia, a todo custo. Preferencialmente, titule o oxigênio até um valor adequado ao quadro específico do paciente. Da mesma forma, após o RCE, obtenha um nível de PaCO2 da criança adequado ao quadro de cada paciente. Evite exposição à hipercapnia ou hipocapnia intensa".

 

Para conhecer, em detalhe, as diretrizes atualizadas para Suporte Avançado de Vida (SAV), clique AQUI. A secção da Pediatria encontra-se a partir da página 16.

Partilhe em...